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Destaques

Inside: Filme de thriller sobre ladrão preso em cobertura de tecnologia inteligente

Inside é um filme de thriller de 2023, disponível na Netflix . Uma história um tanto agoniante sobre um ladrão que fica preso em uma cobertura cheia de obras artísticas com um sistema de tecnologia inteligente interligando ela inteira e ele faz o possível para sobreviver. O que começa como uma tentativa de roubo planejada logo é mandado água abaixo quando o sistema da cobertura se ativa, desde barulhos insuportáveis até mudanças de temperatura, o ladrão não consegue desativar o sistema e acaba se tornando um refém de toda situação. Não é difícil de imaginar o potencial que uma situação assim tem em afetar a saúde mental de alguém e é possível acompanhar o declínio do estado mental do personagem conforme o tempo passa. O filme escrito por Ben Hopkins e dirigido por Vasilis Katsoupis mostra como os planos de um ladrão de arte são boicotados pela realidade, incapaz de controlar o espaço, lidando com a fome, a sede, o calor, o frio, a solidão e a frustração: de invasor à vítima da própr...

Asperger: Autismo não tem rosto

Compartilho informações sobre Asperger, porque acho importante ajudar a diminuir o preconceito, mas em relação aos diagnósticos, cada um tem que ir atrás de ajuda profissional e especializada se tem interesse. Existem pessoas que passam a vida inteira bem sem o diagnóstico, outras, que descobrem que podem melhorar de vida, evitando situações que podem fazer mal. Não sou médico nem psicólogo: e nem todos eles são especializados no autismo. Então, se for procurar um, saiba escolher bem.


O cérebro do Asperger funciona de forma diferente do Neurotípico (Não-autista). O diagnóstico formal é importante? É, mas existem autistas que passam a vida inteira sem diagnóstico e podem melhorar de vida quando percebem que passam mal diante de episódios de hipersensibilidade, como de barulhos, luz, toques e odores. Autoconhecimento ajuda a reduzir as crises.

Autismo não tem rosto, já o preconceito... Esse lance de 'mas nem parece autista' é bobeira e meio ofensivo também. Existe um espectro e variações nele. Nem todo Asperger é igual ao Sheldon, Adam ou qualquer outro personagem autista (outro dia faço uma lista de personagens autistas, atenção a dois nomes da lista e aos seus personagens Alice Edward Mãos de Tesoura) – existem vários personagens que têm traços de autismo, que as pessoas simpatizam, mas não fazem ideia. Até porque o hiperfoco pode ser completamente diferente. Me parece que para alguns, é mais fácil gostar dos personagens ficcionais do que das pessoas autistas do mundo real. Paciência.

Existem muitos artistas, escritores e pessoas da área cultural que são autistas e ninguém imagina: 1) Porque nunca foram diagnosticadas oficialmente; 2) Porque não querem contar aos outros; 3) Porque o preconceito é real e diário. A análise não é feita somente com experiências e comportamentos do presente, mas da infância também e, como já foi dito aqui, os sintomas podem melhorar ou agravar, além dos comportamentos se transformarem conforme eles aprendem com base da observação e repetição.

Existem pessoas que descobrem que são Aspergers aos 60 anos de idade, outros aos 28 anos (como eu e vários escritores), muitos na infância e existem pessoas que nunca vão descobrir que são. Existem autistas em diferentes áreas profissionais. É extremamente preconceituoso achar que alguém por ser autista não conseguirá ser bem-sucedido.

Algumas personalidades autistas:


Albert Einstein

Isaac Newton

Thomas Jefferson

Michelangelo di Ludovico Buonarroti

Charles Darwin

Wolfgang Amadeus Mozart

Lewis Carroll 

Temple Grandin

Susan Boyle

Jerry Seinfeld

Anthony Hopkins

Daryl Hannah

Tim Burton (Não é diagnosticado formalmente)

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

Comentários

  1. É um absurdo todo esse preconceito que existe com pessoas que estão no espectro. O criador de TBBT diz que o Sheldon não tem Asperger, é somente o jeito dele e até acho que seja isso mesmo, porque ele até que se desafia de vez em quando e, quem tem Asperger, não consegue, por mais que tente, sair do que lhe familiar.

    Vidas em Preto e Branco

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    1. Oi, Lary. O Sheldon tem Asperger, sim. Isso já ficou comprovado em muitos episódios. Ele não entende ironia, repete algumas palavras (Bazzinga), não consegue expressar o que os outros esperam dele, fala demais sobre coisas que gosta e não interessa os outros (bandeiras), gosta de comer sempre as mesmas coisas nos mesmos lugares, entre outras coisas. A parte do preconceito que eu quis dizer foi mais no sentido de que todo mundo acha que todo asperger é igual ao Sheldon (gosta de ciências/é cientista). Existem Aspergers em diferentes áreas de trabalho e com personalidades diferentes. Existem muitos mitos sobre o autismo. Pessoas Aspergers podem sair da familiaridade uma vez ou outra, só não com muita frequência.

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  2. O Rodrigo Tramonte tem TEA. =)

    https://www.youtube.com/watch?v=b9cBSdCzrUs

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    1. Oi, Anônimo! Gratidão pela indicação. Vou assistir com calma por aqui.
      Abraços

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  3. Tem um filme sobre a Temple Grandin, muito bom, eu achei... acredito que a representação na arte seja muito importante, filmes, livros, mas a representação saudável e nao sensacionalista, ou padronizada. Eu tenho essa dificuldade com borderline, a representatividade na televisão , filmes e até livros fica na raiva, como se resumisse a isso. Muito bom vc falar sobre o assunto, tem q ser dito dessa forma responsável que vc faz!

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    1. Oi, Michele! Eu acho importante ressaltar sempre que as pessoas são diferentes, mesmo quando estão no mesmo espectro. Autistas estão em diferentes áreas. Tenho MUITA vontade de assistir ao filme da Temple Grandin, já assisti a alguns vídeos sobre a história da vida dela e entrevistas. É também válido lembrar que os pais precisam deixar as crianças escolherem seus próprios caminhos. O que um autista gosta, o outro pode não ter o mínimo interesse.
      Gratidão!

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