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Destaques

Inside: Filme de thriller sobre ladrão preso em cobertura de tecnologia inteligente

Inside é um filme de thriller de 2023, disponível na Netflix . Uma história um tanto agoniante sobre um ladrão que fica preso em uma cobertura cheia de obras artísticas com um sistema de tecnologia inteligente interligando ela inteira e ele faz o possível para sobreviver. O que começa como uma tentativa de roubo planejada logo é mandado água abaixo quando o sistema da cobertura se ativa, desde barulhos insuportáveis até mudanças de temperatura, o ladrão não consegue desativar o sistema e acaba se tornando um refém de toda situação. Não é difícil de imaginar o potencial que uma situação assim tem em afetar a saúde mental de alguém e é possível acompanhar o declínio do estado mental do personagem conforme o tempo passa. O filme escrito por Ben Hopkins e dirigido por Vasilis Katsoupis mostra como os planos de um ladrão de arte são boicotados pela realidade, incapaz de controlar o espaço, lidando com a fome, a sede, o calor, o frio, a solidão e a frustração: de invasor à vítima da própr...

Privacidade e Imprensa

Se acontecesse um incêndio em um clube de filmes homossexuais, onde oito homens morreram e você tivesse que noticiar o fato, você revelaria a identidade dos envolvidos? Esta é a reflexão de H. Eugene Goodwin, no livro 'Procura-se ética no jornalismo', em que o autor comenta o caso de dois jornais, o Washington Post e o extinto Washington Star, que enfrentaram o dilema.

Enquanto o Washington Star decidiu identificar os mortos e o local onde aconteceu o incêndio, o Washington Post falou sobre o clube de cinema e sua natureza, mas não identificou as vítimas. Nenhum dos dois jornais publicou os nomes dos feridos.

O ex-ombudsmen do Washington Post comentou que a decisão de não publicar as identidades pode ter acentuado o estigma da homossexualidade, considerando esta vergonhosa para os familiares das vítimas. O mesmo disse que o jornal deveria ter publicado, como o Washington Star fez. "Os nomes constituam notícias e o negócio dos jornais é publicar as notícias", comenta Charles B. Seib. O necessário, como aponta o ex-ombudsmen do falido Washington Star, George Beveridge, não era indicar a sexualidade dos indivíduos, mas relatar a morte de oito seres humanos.

"A questão de saber se o jornalista deve ou não deve revelar ou sugerir a inclinação sexual de uma pessoa que aparece no noticiário é de caráter privado", afirma o autor do livro. Para o autor, apesar da invasão da privacidade das pessoas-notícia, na maioria das vezes, ser uma questão legal, trata-se de uma questão ética, pois muito se sabe o que não deve ser feito, e pouco sobre o que pode ser feito.

Preconceituosa ou não a decisão de não publicar as informações das vítimas com medo do desaprovamento das famílias, o Washington Post acabou deixando de informar corretamente. Todavia, Seib ressalta que se o jornal fizesse uma pesquisa de opinião com os eleitores, existia uma possibilidade destes concordaram com a atitude tomada pelo jornal, já que muitos consideram a imprensa "insensível aos prejuízos e à dor que pode causar aos inocentes".

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