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Destaques

She Said: Filme sobre jornalistas expondo crimes de Harvey Weinstein

O filme She Said é uma ótima indicação de filme para quem gosta de jornalismo investigativo. É sobre duas jornalistas do New York Times responsáveis por uma reportagem investigativa sobre os abusos cometidos por Harvey Weinstein, um produtor poderoso de Hollywood. Disponível na Netflix . Para quem acompanhou o caso ao vivo, talvez não tenha muitas surpresas ao assistir, ainda assim, vale a pena conferir todo o processo de produção da reportagem até que ela fosse publicada, expondo os crimes sexuais cometidos por Harvey Weinstein. Em uma época em que as vítimas já tinham fechado acordos de silêncio e outras pessoas tinham medo de se manifestar, foi graças ao trabalho das duas jornalistas e de outros veículos de comunicação que o caso ganhou visibilidade. She Said poderia facilmente ser um documentário, o filme biográfico narra como foram os dias das jornalistas, suas dificuldades e acertos, bem como o tão esperado momento: quando a reportagem finalmente foi publicada, atraindo todos os...

Suspensão do X (antigo Twitter): Bluesky se torna refúgio para milhões de brasileiros

Com a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil, duas redes sociais serviram de refúgio para os usuários brasileiros: a Thrends e a Bluesky, sendo que a última está se destacando e entre os aplicativos mais baixados por ter um formato mais parecido com o antigo Twitter.

Jornais, jornalistas, artistas, escritores, leitores, produtores de conteúdo, páginas de fofocas e cultura e contas de fãs de artistas (fandom) estão entre os que se inscreveram na Bluesky, ajudando a diminuir a abstinência deixado pelo X e a sensação de deserto de informações, já que a plataforma não era usada só para questões políticas e entretenimento, mas também para consumir conteúdos jornalísticos e informações em tempo real.

Enquanto alguns estão desanimados e com preguiça de recomeçar, tentado encontrar os seguidores em comum que tinham no X, há quem esteja animado com a possível atualização, na qual estariam disponíveis o uso de vídeos e os assuntos do momento – curiosamente, há quem esteja contente sem a opção –, dois pontos principais aguardados pelos usuários brasileiros da Bluesky. Lembrando que apesar de não ter disponível a opção de fazer upload de vídeo até o momento, é possível reproduzir mídia externa de alguns links de plataformas de vídeos.

Aparentemente, a plataforma tem seguido as coordenadas para remoção de conteúdo e deve em breve trazer um representante legal para o Brasil, uma das exigências para empresas de redes sociais que atuam no país. Nos últimos dias, um fato chamou a atenção dos usuários brasileiros: um perfil que teria postado algo relacionado a ideação suicida recebeu uma mensagem do suporte, orientando a entrar em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida).

Segundo reportagem da Associated Press (AP), de um total de 22 milhões, mais de 2,5 milhões de usuários brasileiros do X se mudaram para a Bluesky e um dos destaques da semana foi o Jornal Nacional (Rede Globo) exibir sua conta em transmissão ao vivo no canal de televisão aberto.

Para quem deseja seguir na Bluesky contas que costumava seguir no X, as listas de perfis de determinados assuntos e áreas acabam se provando como úteis, possibilitando conferir manualmente e seguir um a um, usar a opção de seguir todos usuários de uma vez e até mesmo bloquear os usuários indesejados.

O interessante de estar na Bluesky não é só acompanhar os seus números crescendo, mas também ver como a plataforma está sendo desenvolvida de acordo com as demandas dos usuários. Muito antes da suspensão do X, a rede social da Índia, Koo conseguiu temporariamente atrair brasileiros, mas a euforia não durou muito tempo e mesmo com promessas, os usuários optaram por continuar no X. 

Livre de anúncios de apostas e de posts de ódio – até o momento –, há quem tenha elogiado a Bluesky, como um espaço mais saudável para saúde mental do que costumava ser o X, especialmente neste Setembro Amarelo. 

Aos poucos os usuários vão aprendendo a usar melhor a plataforma, tendo a opção, por exemplo, de selecionar outros idiomas para consumir conteúdo e, embora as imagens adultas sejam moderadas automaticamente pelo aplicativo, há a opção de ativar manualmente.

Enquanto alguns elogiam a Bluesky, outros usuários não veem a hora do X voltar a funcionar no Brasil, colocando em dúvida se a rede social continuará mantendo seus números e engajamento diante do possível retorno, ou se muitos perfis vão parar de atualizar, para não manter tantos aplicativos de mídias sociais ao mesmo tempo. 

As decisões talvez passem por questões políticas para alguns, principalmente para os usuários que estavam insatisfeitos com a falta de moderação contra conteúdos de ódio no X e pessoas que sempre acreditaram que era questão de tempo até o Elon Musk estragar a plataforma, refletida não só na insatisfação de usuários, mas também na perda de investimentos e publicidade. Há também quem vai aproveitar para protestar contra a suspensão do X no Brasil e as multas para uso diário por meio de VPN.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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