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Destaques

O silêncio nada inocente

Nem sempre o silêncio significa concordar com o outro, às vezes ele vem da noção de que não importa o que será dito, você será mal interpretado. Então, tudo o que resta é deixar o outro projetar em você, coisas que sequer passam pela sua mente, te julgar e aprender internamente a não se deixar levar pelo julgamento do outro. Escutar sem reagir nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente diante de uma injustiça, mas pelo bem da sua saúde mental, muitas vezes você tem que deixar o outro pensar o que quiser de você e aceitar que uma invalidação do outro, não significa que você precisa aceitar como uma verdade absoluta. Se você está em uma posição onde há pouco espaço para a expressão, muitas vezes é inevitável que você saia de uma conversa onde um dos lados se comunicou e o outro esteve no papel de mero ouvinte. Esse desequilíbrio nas relações geram interpretações erradas e cabe a cada um validar ou invalidar a invalidação do outro. Nem tudo o que é dito sobre você precisa fazer sentido ...

Cultura da Convergência

Autor do livro Cultura da Convergência, Henry Jenkins explica que a convergência é um processo que já está acontecendo e se refere às transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais.

Segundo o autor, a convergência pode ser observada desde a produção até o consumo coletivo. Ainda de acordo com Jenkins, esta produção coletiva está transformando o funcionamento das religiões, educação, direito, política, publicidade e setor militar. Esta convergência pode ser observada nos meios de comunicação, como os celulares e computadores que conseguem converger diferentes formatos midiáticos, como texto, áudio e vídeo.

Não se sabe até onde o processo de convergência continuará acontecendo, portanto não há um ponto final. As transformações são tão instantâneas e constantes, que o que é novidade hoje, amanhã já pode estar velho.

A produção do que é consumido também é transformada, com a criação de diferentes produtos para a indústria de entretenimento, como filmes, músicas, jogos, brinquedos, quadrinhos e outros sobre uma mesma obra. São diferentes formas de contar a mesma história.

As empresas de mídia estão aprendendo com os consumidores a produzirem conteúdos que sejam interessantes. Se antes os consumidores tinham um comportamento passivo e ocupavam papéis separados, hoje eles participam de forma ativa interagindo com os produtores. Um dos exemplos são os sites de notícias, nos quais os leitores podem mandar notícias, em seções específicas para leitor-repórter, deixarem suas opiniões e até mesmo mandarem sugestões de pautas.

Em época de convergência, o conhecimento de um é insuficiente, e o conhecimento coletivo construído a partir de diferentes pedaços, idéias e conhecimentos pode formar algo maior e melhor tanto na área do entretenimento e em áreas importantes.

Referência bibliográfica

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

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