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Destaques

She Said: Filme sobre jornalistas expondo crimes de Harvey Weinstein

O filme She Said é uma ótima indicação de filme para quem gosta de jornalismo investigativo. É sobre duas jornalistas do New York Times responsáveis por uma reportagem investigativa sobre os abusos cometidos por Harvey Weinstein, um produtor poderoso de Hollywood. Disponível na Netflix . Para quem acompanhou o caso ao vivo, talvez não tenha muitas surpresas ao assistir, ainda assim, vale a pena conferir todo o processo de produção da reportagem até que ela fosse publicada, expondo os crimes sexuais cometidos por Harvey Weinstein. Em uma época em que as vítimas já tinham fechado acordos de silêncio e outras pessoas tinham medo de se manifestar, foi graças ao trabalho das duas jornalistas e de outros veículos de comunicação que o caso ganhou visibilidade. She Said poderia facilmente ser um documentário, o filme biográfico narra como foram os dias das jornalistas, suas dificuldades e acertos, bem como o tão esperado momento: quando a reportagem finalmente foi publicada, atraindo todos os...

Tudo Bem Não Ser Normal: 10 Motivos para assistir ao drama coreano

Quando uma escritora que todos julgam ter transtorno antissocial, um autista viciado nos livros dela e o irmão dele, que se tornou seu principal cuidador e trabalha em um hospital são colocados no mesmo roteiro, é impossível não sentir alguma emoção. 

Tudo Bem Não Ser Normal (It’s Okay Not To Be Okay) completou dois anos recentemente e conquistou telespectadores do mundo todo. Não é por acaso ou só pela escolha de atores, como muitas vezes acontece, o roteiro foi bem trabalhado e explora a construção das personalidades, como eventos trágicos e até como as mudanças da vida podem transformar seres humanos.

10 Motivos para assistir ao drama coreano Tudo Bem Não Ser Normal:

1) Personagens principais marcantes e com personalidades bem diferentes, mas que vão se transformando durante os períodos de convivência;

2) Como algumas dificuldades da vida podem te tornar alguém mais aberto e sociável, ou alguém mais contido e fechado.

3) O contraste entre a personagem que faz tudo o que sente vontade e não se arrepende e o personagem que sempre abre mão da própria felicidade, colocando os outros em primeiro lugar.

4) Como o trauma pode moldar a sua vida, de forma a mudar a maneira que os outros te enxergam e como você mesmo se enxerga.

5) Para quem gosta de livros, é uma delícia acompanhar trechos das histórias da autora – que, aliás, foram publicados por editoras em vários países –, e ver como sua personalidade moldou seu processo criativo, bem como as memórias marcantes e como ela usou a Literatura como uma forma de mostrar que mesmo as histórias infantis podem alertar sobre o lado sombrio do mundo, sem fantasiar um mundo cor-de-rosa.

6) Aos amantes de histórias de personagens que se encontram em diferentes fases da vida, algumas revelações podem ser emocionantes, bem como a conexão entre elas e os livros infantis escritos pela autora.

7) Para quem gosta de acompanhar mudanças internas e psicológicas, os personagens vão arrancando camadas atrás de camadas, até se reconectarem com quem eram ou gostariam de ser, mas não conseguiam por causa de bloqueis psicológicos e memórias traumáticas. Uma das questões está a de formação de família quando a sua original te deixou marcas. 

8) Além da parte dramática, há também cenas que revelam personagens da Tríade Sombria (Psicopata, Narcisista e Maquiavélico) e como eles agem para atingir as vítimas, seja ameaçando a integridade física ou a psicológica.

9) De forma humanizada, o drama também mostra algumas cenas em um hospital psiquiátrico, com pacientes com diversos diagnósticos e profissionais que tentam usar abordagens que vão além da medicação. 

10) Embora algumas pessoas tenham a crença falsa de que pessoas no espectro autista permanecem iguais a vida toda, especialmente por conta dos padrões e comportamentos repetitivos, é interessante acompanhar como o personagem vai se soltando mais, lutando por mais autonomia – ainda que dentro de suas limitações –, um processo lento por causa de um dos traumas e de como autistas podem ter memória fotográfica, mas progressivo.

Bônus: As trilhas sonoras, a fotografia da série, as atuações e a possibilidade de poder ler os livros que são mostrados na série coreana tornam tudo ainda mais interessante. Além da escrita, a série também explora as ilustrações feitas pelo personagem autista, uma de suas habilidades, já que algumas pessoas no espectro autista tem facilidade com a parte visual. 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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