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Destaques

Terminar de processar as emoções

Processar as emoções era muito mais importante do que fingir que algo não aconteceu. Era reconhecer os próprios erros e acertos e se permitir sentir as coisas boas e ruins. Era tentador fingir que nada aconteceu. Mas também era imaturo, também era um sinal de que havia se desconectado do real e emoções não processadas voltariam de um jeito mais cedo ou mais tarde. Foi reconhecendo os dias bons, mas acima de tudo, sentindo os ruins. Foi deixando tudo para trás, consciente de que não havia mais nada para revisitar, não havia pontas soltas. Então, de tanto sentir tristeza, dúvida e medo, havia sentido intensamente as emoções de forma que elas já não cabiam mais dentro de si. Ia se despedindo das emoções negativas, das emoções positivas, e abrindo as portas para novas emoções chegarem. Tudo o que sabia era que ficar em negação não era a resposta que buscava. Os dias pareciam que nunca iam chegar ao fim, mas finalmente se sentia livre do fantasma do outro.

Síndrome do Pânico é tema de projeto criado por acadêmico de jornalismo

Vinícius Nunes é autor de projeto sobre
a Síndrome do Pânico. Foto: Divulgação.

Na manhã desta segunda-feira, 12 de novembro de 2012, o acadêmico de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Vinícius Nunes apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso, um videodocumentário sobre a Síndrome do Pânico. A apresentação aconteceu em Campo Grande (MS) no auditório da biblioteca da instituição de ensino superior.

Vinícus Nunes emocionou a banca de professores e acadêmicos de Comunicação Social que estavam assistindo o documentário. No estilo de Jornalismo Gonzo, no qual o personagem é o próprio jornalista, o videodocumentário mostrou como o acadêmico descobriu que tinha Síndrome do Pânico, como lidou com a doença e como conseguiu superar o problema quando descobriu que tinha um câncer e se curou, porém após teve uma recaída na depressão e ansiedade.

No documentário, Vinicíus Nunes comentou como é difícil conviver com a doença e fazer coisas como sair de casa, ir a lugares movimentados e falar em público. Além de tomar remédios, o acadêmico contou que está fazendo Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Segundo uma psicóloga especialista em TCC entrevistada para o trabalho, o índice de melhora é alto, uma das razões pelas quais o acadêmico acredita na importância de difundir mais informações sobre a doença.

Para Vinícius Nunes, se as pessoas forem informadas e diagnosticadas, elas poderão ter melhor qualidade de vida. Além do documentário, o acadêmico de Jornalismo lançou no dia 6 de novembro de 2012 o blog Viva sem Pânico com a proposta de colocar o Transtorno do Pânico na mídia, portadores da doença poderem compartilhar experiências, mostrar tratamentos eficazes, entre outras.

"Espero poder ajudar o maior número de pessoas com o video-documentário "Transtorno do Pânico - Em busca de uma solução" que foi o tema do meu trabalho de conclusão de curso que deu origem a este blog e a outros projetos para tornar o Pânico mais conhecido pela sociedade. Podendo assim, quem sabe acabar de uma vez por todas com as crenças e preconceitos da sociedade e até mesmo dos pacientes, pois isto é um obstáculo que deve ser ultrapassado para que todo o objetivo deste projeto se concretize", comenta Vinícus Nunes.

Para saber mais, acesse o blog Viva Sem Pânico: http://www.vivasempanico.blogspot.com.br/

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