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Destaques

K-dramas: 6 Trilhas Sonoras Inesquecíveis

Impossível pensar em dramas coreanos (k-dramas) e não lembrar de suas trilhas sonoras . Algumas músicas são tão marcantes que mesmo tempos após assistir a série, você continua pensando nelas, e bate uma vontade de rever os dramas. Entre dezenas de dramas coreanos que já assisti, de vários gêneros, os abaixo estão entre as trilhas sonoras que mais me marcaram. Confira 6 Trilhas Sonoras Inesquecíveis de K-dramas: It’s Okay Not To Be Okay Run On Start-Up Nevertheless Twenty-Five Twenty One Something In The Rain *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano:  O Círculo (Vol.1)  e  O Livro (Vol. 2) , disponíveis no  Wattpad  e na loja Kindle.

Amizade e Sex and the City

Terminei de rever a primeira temporada de Sex and the City. Nunca gostei de colecionar DVDs, seja de filmes ou seriados, mas foi durante uma viagem que eu e um amigo combinamos que compraríamos a caixa com todas as temporadas de Sex and the City quando retornássemos.

Depois de uma aventura à procura do box de Sex and the City.
“Olha o que eu encontrei”, ele levantou a caixa com a foto da protagonista da série, Carrie Bradshaw. Fiquei eufórico e logo senti vontade de comprar. Lembranças sobre as inúmeras conversas relacionadas ao seriado dançavam em minha cabeça. Reviramos DVD por DVD até encontrar outro. Perguntamos à vendedora se tinha mais um box e ela respondeu que sim, de acordo com o sistema. Por alguns minutos, fiquei obcecado em encontra-lo, até perceber que não seria naquela tarde.

“Nós podemos ir à loja do centro. Pode ser que lá tenha. Se não tiver, tem outra lá perto”, sugeri. “Vamos esconder este daqui. Depois retornamos para buscar”, ele me respondeu. “Tem certeza? E se nós não voltarmos? E se outra pessoa também quiser a coleção da série e não conseguir encontrar por que nós tínhamos escondido?”. Decidimos deixar o DVD perto dos outros. Desejei que na outra loja estivessem disponíveis duas caixas do Sex and the City.

Entramos na loja e fomos direto à seção de DVDs de séries. Olhamos caixa por caixa. “Olha o que eu encontrei de novo”, meu amigo apontou a caixa. Ficamos eufóricos. Procuramos e procuramos até encontrar mais um exemplar e nada. Perguntamos à funcionária e ela respondeu que se não estava ali, provavelmente não tinha.

Saímos da loja e fomos esperançosos até a outra, sob a chuva que caía pela cidade. As ruas estavam molhadas e as pessoas andavam sem se importar com a água. Entramos na loja e depois de perguntar onde ficavam as séries, o funcionário nos apontou a direção. Reviramos todas as caixas e não encontramos.

“Vamos levar um de uma loja e o outro de outra. O que você acha?”, perguntei torcendo para que o meu amigo dissesse sim. “Pode ser. Você leva a caixa dessa loja e eu a da outra”, respondeu. Voltamos andando com pressa até a outra loja e quando chegamos à seção de DVDs da loja, a caixa ainda estava lá. Não pensei duas vezes e fui logo pagar.

Dirigimos até a outra loja. Estávamos inquietos e só sossegaríamos quando tivéssemos a outra caixa em mãos. Fomos direto à seção de DVDs. “Fica aqui na fila que eu já volto. A fila está enorme”, pediu meu amigo.  Fiquei esperando, com medo de que alguém tivesse comprado o único exemplar da loja. Ele passou por mim com o box de Sex and the City e eu finalmente pude relaxar.

Um dia depois, nós combinamos de começar a assistirmos juntos. Apesar de já ter assistido todos os episódios de todas as temporadas, nunca me canso de aprender e me divertir com os dilemas e experiências das personagens: Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte. Há algo bom nos seriados, eles nos mostram pessoas (mesmo que fictícias) que passaram por diversas situações e continuam bem.

Baseada na coluna de Candace Bushnell que foi transformada no livro homônimo, para mim, Sex and the City continua sendo a melhor série de todos os tempos. Que programa televisivo já tratou de forma tão aberta e natural temas relacionados ao sexo e aos relacionamentos?

Estamos sentados no sofá estreando o primeiro CD da caixa. A música tema de abertura já nos leva para dentro da televisão. Nos sentimos próximos dos personagens e de suas vivências. Apesar de cada um ter um personagem favorito, é como se tivéssemos um pouco da essência de cada um. Chega a ser engraçado rir dos dramas e confusões em que elas se metem se imaginando como seria se nós estivéssemos em suas peles.

Depois de assistir sete episódios, estávamos viciados. “Todos deveriam assistir a Sex and the City um dia”, compartilhávamos o mesmo pensamento. Não há nada como essas pequenas reflexões e suas enormes doses de entretenimento para colocar os pensamentos e sentimentos em ordem novamente. Às vezes, precisamos nos enxergar nos outros, para só, então, percebermos o que estamos fazendo de errado. Outras vezes, temos a certeza de que não importa o quanto algo pareça confuso, é necessário ser fiel consigo mesmo e não mudar somente para agradar os outros.

Carrie Bradshaw consegue abordar a sexualidade humana através de sua narrativa, ora como uma mulher madura e cabeça aberta, ora como sua alma adolescente que acredita no amor, ambas tentando sobreviver e entender melhor o mundo dos relacionamentos em uma cidade louca e movimentada como Nova Iorque. Talvez deve ser por isto que eu me identifico tanto com a protagonista e goste tanto do seriado, por manter um pouco do melhor dos dois mundos.

Sex and the City não se trata somente de aventuras sexuais e problemas nos relacionamentos amorosos de quatro mulheres em Manhattan. A série mostra como as amizades podem durar tantos anos, não importa quantos problemas surjam ao longo da vida, ilusões amorosas, desencontros, doenças, crises financeiras. No final nós sempre sobrevivemos e podemos tirar o melhor de cada situação.

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