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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

Dia do Escritor: Ofício tão necessário e tão desvalorizado

Hoje é Dia do Escritor. Mais de cinco anos oficialmente nesta jornada. Um ofício mega desvalorizado no país. Lembro-me do Ensino Médio, quando lia alguns clássicos da literatura mundial e livros de ficção contemporânea e de me sentir perdido: livros que eram invisíveis no colégio; tudo o que não seguia a cartilha, que não cairia nas provas, era descartável.


Qual caminho seguir? Acredite, no Brasil, dificilmente alguém vai dizer 'seja escritor'. Diferente dos países em que os jovens aprendem escrita criativa em diferentes anos, a literatura era vista como uma disciplina para passar no vestibular, tão decorativa quanto outras (ironicamente, mesmo na graduação, há quem ainda trate a literatura desta forma engessada).

Anos depois me aventurei no Jornalismo e até comecei Letras e parei antes de me mudar de cidade (escritores e Letras: relação de amor e ódio, muitas vezes, mais de ódio), mas a necessidade de escrever e estar cercado de livros, só o ofício de escritor me trouxe.

Desisti de desistir da escrita. É uma luta diária, em um país em que as desvantagens são bem maiores do que as vantagens e seguir outro rumo seria o caminho mais fácil. Por que insistir? Desistir dos livros seria desistir de mim mesmo. Permaneço escrevendo.

Inúmeros escritores de várias épocas sofreram preconceito e continuamos sofrendo. Não aprendemos muito com a história, mas somos loucos e insistimos na arte de contar histórias. Verdade seja dita, o mundo seria um porre sem livros.

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e do livro de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1), disponível no Wattpad.

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