Pular para o conteúdo principal

Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

O Prazer de Ler Um Livro Aleatório

Seja quando se vai à livraria e escolhe um livro, sem mesmo ler a sinopse e outras informações, ou quando se ganha um livro de alguém cuja história você não esperaria, ou quando se pega um livro emprestado de um amigo ou na biblioteca, há certo prazer em se deixar mergulhar no desconhecido e se surpreender, seja para bem ou para o mal.

Algumas livrarias já testaram a proposta, tentando embalar o livro em papel. Alguns poderiam alegar que a vida é curta demais para ler um livro que você não gostaria de ler, mas talvez a graça esteja nisso, em se permitir se aventurar por um caminho que ainda não tinha sido traçado – e, claro, deixar para decidir se a leitura realmente vale a pena enquanto você está lendo, sabendo que a qualquer momento pode aparecer algo que vai te fisgar e permanecer a leitura até o final, ou o oposto e está tudo bem.

A cada virada de página é como devorar um bombom misterioso, você não sabe o gosto que vai ter, mas não deixa de se surpreender. Às vezes, sair um pouco fora da zona de conforto e da bolha daquilo que já estamos acostumados a ler, pode ajudar a enxergar outras perspectivas e se colocar na pele dos personagens em situações inimagináveis.

Por determinado tempo, é possível entrar no personagem, mesmo que pareça que vocês não tenham nada em comum e justamente descobrir, com como a diversidade é tão importante e mesmo nas diferenças, é possível encontrar características em comum e desenvolver um senso maior de empatia.

Talvez o que à primeira vista pareça completamente aleatório e desconectado de sua realidade, acabe se revelando como um motor para reflexões sobre a vida. Um livro inesperado pode tanto decepcionar, como surpreender, especialmente por não se criar tantas expectativas ao longo da leitura.

E talvez tudo o que você não esperava, acaba se tornando o que você mais precisava naquele momento.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

Comentários


  1. Reading a random book can be an unexpectedly delightful experience. It opens doors to new worlds, ideas, and perspectives you might not have explored otherwise. The thrill of picking up something unfamiliar is like a mini adventure, often leading to surprising connections and personal insights. Truly refreshing!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Volte sempre!

Mais lidas da semana