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Destaques

A difícil arte de encerrar ciclos

A difícil arte de encerrar ciclos. Ciclos que já não funcionavam. Às vezes, não importa o quanto você tente, as coisas simplesmente não vão funcionar. Então, você decide que não quer para o seu próximo ano, as mesmas coisas que aguentou no ano passado e atual, você deseja mudanças. Só que falar em mudanças é fácil. Difícil é colocar em prática. Ver você se dando conta de que é capaz de coisas que antes sequer imaginaria. Deixar alguém para trás. Deixar alguém que não faz parte mais do seu presente. Deixar alguém que não faz parte dos pensamentos no futuro. Deixar alguém. Ia encerrando ciclo após ciclo, na esperança de ter um ano mais leve, sem repetições dos mesmos erros. Ia só então se dando conta de que o amanhã poderia ser mais leve quando se realmente deixava pra trás o que estava pesando e parasse de ignorar. Não, algumas coisas deveriam ser encaradas de frente.  *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Am...

A Calmaria Que Vem Após a Tempestade

A calmaria que vem após a tempestade. Estava focado em encontrar momentos de paz em seu dia, tentando deixar o passado para trás e se abrindo para novas oportunidades. Era como uma dança delicada, sem coreografia, em que deixava se guiar pela mente, espírito e coração. Ia deixando as camadas irem com gentileza, exausto das expectativas irreais que pesaram sobre ele.

Nada será como antes: um pensamento que provocava um gosto agridoce na boca. Ao pausar e explorar o momento presente, se dera conta de quantas coisas estava negligenciando ao manter o olhar fixo para trás. Tinha se prendido em um ciclo de sofrimento e havia se permitido até chegar ao limite.

Era como estar preso em uma canção que não gostava e escutar cada segundo, torcendo por uma nota que não viria. Sabia que era a música errada, no momento certo, mas tinha dificuldade em desapegar, sempre na esperança de que de um jeito a música se transformaria e despertaria algumas emoções positivas. Já sabia como terminava, então por que havia começado?

Deixar para trás e se permitir. Duas coisas fáceis na teoria, mas na prática, ainda se via enrolado por fios invisíveis que, às vezes, cortavam, às vezes, curavam. Um medo irracional havia se instalado e restava a ele consertar as coisas que fosse tarde demais.

Começou movimentando os pés e deixando a atenção pousar neles. Depois foi escaneando o resto do corpo simplesmente se permitindo viver o momento presente, deixando toda angústia do passado para trás, se libertando dos fios que o sufocavam. Por um momento, se sentiu em paz. No próximo? Só o universo sabia. Foi assim, se soltando, pensando na importância do desapego, com a consciência de que o passado já não o servia mais, abrindo o coração para o presente e se permitindo não pensar no futuro.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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