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Destaques

Heartstopper: Filme LGBTQIA da Netflix entra em fase de produção

Em pleno mês do Orgulho LGBTQIA , Alice Oseman e a Netflix anunciaram que já começaram as produções do filme de Heartstopper , obra que deve encerrar o universo de Nick e Charlie e seus amigos. Segundo stories publicado pela Alice Oseman, já estão no segundo dia de produção. Há algo simbólico em uma obra como Heartstopper começar a ser produzida no mês do Orgulho LGBTQIA tanto pelo elenco, como pelos personagens representarem cada uma das letras. A notícia deixou os fãs animados. Alguns ainda estão tristes com a notícia de que não será uma quarta temporada, mas um filme. No entanto, de forma geral, o público de fãs de Heartstopper está animado para esta nova jornada. Com personagens secundários tão interessantes, como os principais, há um clima de curiosidade de como o filme vai conseguir abordar tudo. E, claro, um dos focos principais será como Nick e Charlie irão lidar com novos desafios e se vão continuarem juntos. “Nós estamos de volta! A produção começou oficialmente do filme fina...

Ponto final

Não sentia falta das brincadeiras sem graça. Tampouco de como pelo simples fato de gostar, deixava todas bandeiras vermelhas passarem. O que precisava naquele momento era de um ponto final, uma chance de se reajustar e encontrar uma maneira mais saudável de se relacionar.

A saudade deu lugar à indiferença. A paciência foi arrastada pela irritação. Era exaustivo pedir para parar e nunca ser levado a sério. Chegou ao limite de exaustão e a única coisa que conseguia pensar era em distância.

Foi, então, entendendo por qual motivo outros também já haviam se distanciado. Era como se não houvesse mais motivo para ser. Os relógios haviam congelado e jamais bateriam de novo ao mesmo tempo.

Se deixou levar pelos dias. Um dia logo se tornava dois ou três, e quando menos se dera conta já não conversavam mais diariamente. Se havia alguma parte dele que sentia saudade, agora ela estava enterrada e gostava do novo jeito que as coisas estavam: sem precisar agradar, sem precisar ser agradado.

Não fazia sentido em tentar se comunicar com alguém que vivia em um mundo tão diferente, como se falassem idiomas distintos. Não, foi só deixando a natureza se encarregar das coisas, consciente de que havia tentado tantas vezes, mas era simplesmente ignorado. 

As bandeiras vermelhas do outro deram lugar à bandeira branca. Queria paz, tranquilidade e o que antes parecia um espaço seguro, havia se tornado tão desconfortável que as coisas não se encaixavam mais. Era só mais um fim, acompanhado de um recomeço.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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