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Destaques

A terceira semana sem fumar cigarro

Como era difícil criar hábitos positivos. Havia acabado de passar da terceira semana sem fumar cigarro e ainda sentia certo desconforto. Seja para bem ou para mal, descobrira que mesmo após anos, algumas pessoas continuavam lutando contra a vontade de fumar, ou seja, era muito mais difícil do que parecia. Na tentativa de substituir comportamentos negativos por mais saudáveis, se via diante da necessidade de se desapegar um pouco da nostalgia e voltar a se focar mais no momento presente. Havia tomado mais do que o suficiente sua dose de nostalgia e agora estava preparado para continuar seguindo em frente. Era chocante o quanto o cigarro havia segurado comportamentos e ao abandoná-lo, comportamentos que antes estavam sob controle, agora pareciam soltos. Precisava de um detox das redes sociais, como quem sabia que fumar fazia mal. Precisava voltar a focar em si mesmo, deixando o passado de uma vez por todas para trás. Era no momento presente que ia celebrando as pequenas conquistas. Para ...

Faxina da mente

Lidar com alguém que reclama diariamente dos problemas é como fazer a faxina na própria mente, mas deixar o outro acumular um monte de sujeiras. A princípio, você percebe que dá conta e não vai deixar se afetar. Depois, você percebe que o outro é tão pesado, que você se questiona até que ponto vale a pena manter alguém assim na vida.

Cuidar da própria saúde mental sempre deve vir em primeiro lugar. Se alguém está bagunçando a sua mente com os problemas dele diariamente, sem pensar nas consequências disso, vale a pena refletir se você não está colocando o outro acima de você.

Então, muitas vezes, você só se dá conta disso quando não estão se falando. A visão distorcida de que o mundo era pesado era do outro. Os seus dias que costumavam ser leves começam a ficar intoxicados pelos pensamentos do outro. Deixar o outro ir, muitas vezes, é a melhor decisão.

É preciso não confundir intimidade e empatia com falta de limites. Quando o outro não entende que você tem suas próprias questões para lidar e merece sua paz, em alguns casos, é somente durante um afastamento que isso fica claro.

Então, quer dizer que todo peso vinha do outro? Claro que não. Mas é preciso reconhecer os efeitos na mente de estar sempre sendo inundada por problemas e reclamações. Nem precisa ser um especialista para saber isso.

De que adianta fazer uma faxina mental diária se até o final do dia você estará sobrecarregado com os problemas do outro? De que adianta ter uma amizade que mais está te atrasando do que te motivando, na qual o outro está sempre no papel de vítima?

Sintomas de transtornos mentais podem acontecer com todo mundo. Impor limites e/ou desejar distância nem sempre se trata de falta de empatia ou compaixão, pelo contrário, muitas vezes é uma chance de respirar, focar no seu próprio processo de cura e deixar claro que há responsabilidades que são apenas do outro, independente do quanto você tente ajudar,

Então, o hábito que você tem de fazer faxina mental, você percebe que falta no outro, mas muitas vezes, é só ele quem pode se ajudar. Não se trata de ser egoísta, se trata de mostrar um espelho gentilmente e perguntar: Qual é a sua responsabilidade nos problemas que estão acontecendo? E deixar o outro sair do papel de vítima e começar a mudar as coisas que não estão funcionando.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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