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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

The Royals: Série indiana de comédia romântica da Netflix

The Royals, a série indiana entrou para a lista de 10 séries mais assistidas da semana na Netflix. Foi um dos motivos que chamou a minha atenção. Tentei assistir sem criar expectativas, mas apesar de ser bem produzida, o roteiro não conseguiu me cativar.

Para quem gosta de comédias românticas, a série indiana traz vários clichês e, ao mesmo tempo, tenta se mostrar como mais moderna do que outras produções indianas. A série se foca na vida de uma CEO, Sophia e seu encontro inesperado com um membro da família real moderna, Aviraaj.

Enquanto Sophia está apostando todas suas fichas em um projeto ousado envolvendo a família real, a família real está lidando com seus próprios problemas, junto com suas heranças, o pai deixou muitas dívidas, fazendo com que eles se destaquem mais pelas aparências do que pela riqueza em si.

O problema do roteiro é que os personagens são artificiais demais, não geram tanta identificação e até mesmo a vida dos personagens secundários acaba se destacando mais do que dos dois principais. Sophia coloca em risco a própria empresa ao deixar as emoções por Aviraaj tomarem controle dela, do outro lado, Aviraaj reluta em seguir o papel de marajá, seu título da realeza.

Quando uma ex de Aviraaj que seria tão nobre quanto sua família entra em cena, as coisas ficam confusas. E, ao mesmo tempo, Sophia lida com a dificuldade de ser apoiada por sua própria empresa, correndo o risco de perder tudo se as coisas não saírem conforme o planejado.

De forma sutil, a série explora a diversidade, mas não o suficiente. Tudo fica muito superficial. Dá para perceber o quanto a produção investiu para fazer as coisas ficaram esteticamente interessantes, mas tirando de lado o clichê de uma realeza e uma plebeia, o relacionamento entre os dois é tão raso que não sustenta um romance real.

Além disso, o último episódio de The Royals deixa várias pontas soltas. Quem sabe se a equipe da série prestar atenção nas críticas, a segunda temporada pode ser melhor, a qual já foi confirmada. Mais profundidade dos personagens e explorar mais o lado dramático poderiam fazer com que a série não seja só mais uma comédia romântica para passar o tempo e os luxos da família real, seja algo mais gostoso de assistir. 

Falta mais conexão emocional entre Sophia e Aviraaj e também espaço para mais desenvolvimento dos outros personagens. Mais do que um espetáculo visual, a série precisa explorar melhor as emoções dos personagens e um romance que valha mais do que palavras ditas.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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