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Destaques

Humor a um

Humor a um. Nos últimos dias vinha pensando o quão importante era o humor para um relacionamento. Poderia ser capaz de ignorar aspectos do outro que o incomodava? Ou seria o humor tão parte da personalidade de que era algo impossível de se desassociar? Não sabia a resposta. Não estava satisfeito com a pergunta. Era como se fosse algo que não deveria quebrar a cabeça pensando.  Poderia encontrar conforto no desconforto? Poderia entender a linguagem completamente diferente da sua? Deveria deixar o tempo dissolver aquilo que não era para ser? Tantas perguntas sem resposta. Talvez nada de bom poderia sair de algo unilateral. Talvez aceitar que não era para ser era tudo o que restava. Talvez seus textos nunca fossem rimar juntos. Talvez, mas só talvez, havia perdido a cabeça de sequer imaginar os dois juntos.  Ia escrevendo, costurando idéias e pensamentos, mudando a narrativa. Escrevia para encontrar um novo sentido, romper velhos padrões e fazer as pazes com o momento presente. E...

O que não queria

Uma dose de paz que vem após processar as emoções. Por mais tentador que fosse a ideia de fingir que nada aconteceu, estava aliviado por ter colocado para fora e poder seguir em frente. 


Não seria imaturo como o outro a ponto de mudar de decisão em segundos e agir como se nada tivesse acontecendo, a ponto de fazer questionar sua própria sanidade e se perguntar se o outro realmente havia gostado, ou se não passava da imaginação. 

Era verdade que tinha uma boa imaginação, mas também era verdade que ao longo do tempo tinha suas próprias evidências, suas maneiras de confrontar a mentira.

Não era responsável pela imaturidade do outro e ser compreensivo não era justificativa para tolerar o intolerável. Algumas pessoas vinham com sinais do que evitar, não importa o quanto tentasse enxergar o lado bom.

Tinha situações em que tudo precisava era mudar a rota. Não importa quantas vezes você tentasse, se o outro seguisse com um padrão tóxico, tudo o que precisava era dizer adeus. 

Então, com o passar dos dias, a dor ia diminuindo e dando espaço para novas possibilidades. Já sabia o que não queria e não repetiria o mesmo padrão. Talvez agora estava na hora de encontrar o que queria.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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