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Destaques

Fora de Sincronia

Conectados, mas fora de sincronia. Era como os dois estavam. Não sabia como resolver a situação, antes que se tornassem dois completos estranhos. No meio de tantos ciclos terminando, tinha acreditado que um novo ciclo se manteria.  As horas que passavam conversando se transformaram em minutos, e então, em segundos. Já sabia que isso ia acontecer e tentara antecipar o fim várias vezes, então por que estava tão incomodado? Sentia saudades e não sabia como verbalizar? Não importava. Foi deixando o outro cada vez mais livre, até que as mãos que um dia tinham se tocado se voltaram para os dedos que haviam deslizado pela última vez. Parte de seguir em frente era também como deixar as coisas irem, seguirem seu ciclo natural. Não adiantava criar qualquer forma artificial de manter o contato vivo, só precisava aceitar as coisas como elas eram. Cansado de aceitar que tudo tinha sua finitude, foi cada vez menos se abrindo a novos inícios – se todos estavam fadados ao fim, por que se dar ao tr...

Contatos de 4º Grau

"Contatos de 4º Grau" é um filme que conta uma suposta história baseada em fatos reais que aconteceram com uma psicóloga chamada Abbey Tyler. No início do filme, a atriz que a interpreta, Milla Jovovich (Resident Evil e Joana D'Arc), começa dizendo que o filme é "uma dramatização fiel aos acontecimentos de outubro de 2000". Após a apresentação da atriz, um ator que interpreta um psicólogo colega dela, também dá o seu "depoimento" sobre a veracidade das cenas.

Diferente das muitas críticas que saíram sobre o filme ser uma farsa e o público considerar-se enganado, acredito que a campanha em cima do filme foi bem interessante, podendo se comparar ao sucesso das estratégias utilizadas para promover o filme "Bruxa de Blair".
Um recurso utilizado no filme é a divisão da tela entre as gravações das supostas cenas reais e de aúdios das entrevista/sessões com os pacientes da psicóloga e as próprias imagens do diretor do filme, colocando lado a lado, interpretação e realidade. Como a qualidade das imagens e sons das supostas gravações não são tão boas, cria-se um efeito de ilusão convincente.

O fato dos dois atores confirmarem a história faz com que quem esteja assistindo envolva-se com a história. Afinal, qual o propósito do filme se não, entreter? De acordo com um artigo escrito por Bia Caglini, formada em ciências sociais, "O cinema, em sua origem, tem como função entreter, transportar o espectador para aquela realidade apresentada na tela".

Confesso que quando o filme acabou, minha curiosidade foi maior e logo fui pesquisando sobre a suposta doutora e a cidade do Alaska onde os fatos aconteceram.

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