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Destaques

Âncora

Ancorar é encontrar um espaço seguro mesmo diante do caos. É ouvir uma música e se permitir encontrar paz, mesmo quando as coisas estão fora de controle. É pensar na sua pessoa favorita e sentir as emoções reguladas. É saber que você pode confiar em quem conversa o dia inteiro. É confiar que mesmo diante da ambiguidade, ele vai honrar a promessa que fizeram. É ressignificar o que antes poderia ser visto como algo preocupante e aceitar que era mais do que seus diagnósticos. Era saber que não havia melhor pessoa que o entendesse nos últimos tempos. Era brincar com as linhas e nossas indefinições. Era saber que de tanto ensaiar situações de possíveis crises, que ele saberia notar se algo estivesse diferente. Cada um dos seus sinais. Escrevia para lembrar e também para esquecer. Escrevia para lembrar dos ciclos fechados e agradecer o que estava aberto. Era entender o quanto estava sufocado e que, às vezes, um olhar certo bastava. Escrevia para aceitar que as coisas poderiam mudar. Que em u...

Como os jornalistas escrevem

No artigo: "How Journalists write" publicado no jornal britânico The Guardian no dia 25 de setembro de 2008, o professor de jornalismo da Universidade de Sheffield, Peter Cole, explica como os jornalistas escrevem.

Cole diz que os jornalistas geralmente se referem aos seus textos como histórias e não como artigos ou relatórios. "Histórias soam interessante; Relatórios soam tediosos", diz o professor de jornalismo. Ele esclarece que histórias verdadeiras contam o que aconteceu e que o ponto crítico em uma história é o que as outras pessoas querem ouvir, por ser interessante ou divertida. Caso contrário, o narrador é um tédio.

Para o professor, os jornalistas escrevem histórias para seus leitores com o propósito de: contá-los o que está acontecendo, informá-los, envolvê-los, entretê-los, chocá-los, diverti-los, pertubá-los e levantá-los. O assunto da publicação vai variar de acordo com a natureza da publicação e do público-alvo.

Peter Cole argumenta em seu artigo: "O Jornalismo é basicamente um jogo simples. Trata-se de descobrir coisas e contar às pessoas sobre elas. A descoberta requere uma variedade de habilidades, porque quem está no poder geralmente prefere que nós saibamos somente o suficiente. O Jornalismo trata a exploração dessas pessoas para dar conta, expondo sua farsa e hipocrísia, o abuso de seu poder. Isso inclui o controle que isto dá a eles sobre o fluxo de informações, a capacidade de enterrar as más notícias, de girá-la e ofuscá-la. Os bons jornalistas devem fazer as perguntas difíceis e perguntar as respostas, deve cavar para desenterrar e, em seguida, explicar, tornar compreensível o que a autoridade, com intenção ou inadequação verbal, deixou confuso, incompleto ou simples mentira. O jornalismo incompreensível é pura e simplesmente o jornalismo ruim e, portanto, inútil".

O professor de jornalismo ainda explica que é necessário fazer o leitor ler a história, caso contrário, qual teria sido o propósito de descobrir as informações.

"A leitura do jornal é diferente da leitura de um livro", complementa Peter Cole. Logo, a escrita jornalística é diferente da escrita criativa. O professor ressalta que muitos jovens pensam que gostariam de ser jornalistas porque eles sempre amaram escrever ou começaram a escrever poemas quando eram novos, mas que isto não é suficiente e pode até mesmo ser uma barreira para o sucesso na profissão.

"É difícil escrever de forma simples e cativante, de modo que os leitores vão manter a leitura, para explicar o que todos os leitores entendem e querem. Esta é a tarefa que a escrita jornalistíca tem", finaliza.

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