Relaxar é muito mais fácil na teoria do que na prática. Desarmar o sistema de alarmes da ansiedade que, vez ou outra, pode apitar ainda que nada esteja acontecendo. É somente ao aceitar se soltar do peso de estar alerta o tempo inteiro que conseguia aproveitar o momento presente. Não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Era abrindo mão do controle que se permitia encarar as coisas como elas eram. O excesso de controle não faria o problema desaparecer. Pelo contrário, muitas vezes precisava de uma distância saudável para se autorregular. O medo e a ansiedade significavam que era algo que precisava prestar atenção, mas também eram lembretes de não levar tão a sério. No final das contas, estar bem era muito mais do que não estar em crise. O excesso de ansiedade poderia dar uma falsa ilusão de que tudo estava sob controle, mas era ao abrir a mão e confiar que conseguia voltar a viver: era mais do que um diagnóstico. Ao mover a atenção, pouco a pouco ia se permitindo viver o aq...
Com a indagação: "Sim, eu sou um pirata e você?", o especialista em segurança de redes e computadores Alberto J. Azevedo iniciou sua palestra no dia 20 de janeiro de 2011 na Campus Party Brasil, onde o foco central foi a pirataria.
Azevedo falou sobre as associações de produtoras, gravadoras, editoras, que se associam para promover eventos, para a defesa do que elas consideram como seus direitos, como por exemplo, ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco) e RIAA (Recording Industry Association of America).
O Lobby, DRM (Restrição de Direitos Digitais), propaganda sensacionalista, distorção de fatos, táticas alarmistas, vigilância, são algumas formas dessas associações tentarem controlar os produtos comprados e interferirem na liberdade de compartilhamento dos mesmos, explica o especialista.
"O artista não vive de venda de discos, ele vive de fazer show, publicidade e eventos", argumenta Azevedo sobre os fatos distorcidos pela indústria fonográfica, e destaca a importância da leitura crítica dos conteúdos divulgados contra a pirataria. O palestrante falou a respeito de uma pesquisa realizada pelo Governo dos Estados Unidos que afirma ser impossível calcular com precisão os prejuízos causados pela pirataria, portanto quando esses os números são divulgados, muitas vezes, são exagerados.
De acorco com Alberto J. Azevedo, se você empresta livros para mais de duas pessoas, faz download de mp3 ou realiza uma festa com reprodução de música em um salão com mais de 30 metros e não paga ao ECAD pela reprodução destas, você é considerado um pirata. "Vocês são piratas porque ajudaram a proteger um modelo falido. As indústrias querem ganhar dinheiro da mesma forma que ganhavam. Tudo mudou, as indústrias mudaram, menos as indústrias de música, livros e filmes", aponta.
"A lei é soberana, mas deveria?", questiona Azevedo em relação às leis absurdas e antigas, mas que ainda estão em vigência. "Compartilhar não é crime! Eu tenho o direito de compartilhar o que é meu sem fins lucrativos, ou deveria ter", justifica.