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Destaques

O Círculo das Invalidações

O círculo das invalidações. É difícil estar em um lugar onde cada pessoa tem uma expectativa sobre você, mas pouco importa o que você pensa ou sente. Escolhas são feitas, independente da sua opinião e cada pessoa te empurra em uma direção diferente, te deixando preso em uma nuvem de confusão. Às vezes, assim é a vida. Há momentos em que você precisa aprender a se posicionar, a dizer não e aceitar que nem tudo precisa ser como os outros querem, impor limites sinceros. A vida era feita de escolhas e sabia o custo de cada uma delas e nem sempre estava disposto a receber críticas que não condiziam com sua realidade. Então, às vezes era necessário quebrar o círculo, encarar o quadrado, observar o triângulo, quebrar a linha para então descobrir como realmente queria. Entre conselhos indesejados e comentários invalidantes, precisava se lembrar do mais importante: da auto-validação. Era ao silenciar as vozes que os outros tinham sobre ele, que poderia aprender a se escutar mais. Nem sempre é f...

Resenha: A Aventura da Reportagem – Gilberto Dimenstein e Ricardo Kotscho

O livro: "A Aventura da Reportagem", publicado em 1990 pela Editora Summus, dos autores Gilberto Dimenstein e Ricardo Kotscho, conta a história dos dois jornalistas e suas experiências positivas e negativas com as reportagens. Cada um dos profissionais voltado para um ângulo, Dimenstein inserido na esfera política e Kotscho em suas reportagens "humanas".

Política e Jornalismo

O jornalista Gilberto Dimenstein fala sobre as "armadilhas do poder", relação entre a política e os jornalistas. O autor chama a atenção para as declarações em off (o nome do informante não pode aparecer) e explica a importância de se verificar os fatos, de forma a evitar a publicação de boatos e "barrigas" (notícias erradas) nos jornais. Deve-se desconfiar de declarações em off, pois de acordo com Dimenstein, "a responsabilidade do off é de quem publica, não de quem produz a informação falsa".

Dimenstein argumenta que os jornalistas que fazem a cobertura do poder são vítimas das armadilhas diárias políticas. Com a frase: "A informação é uma arma na guerra da sobrevivência política", o jornalista explica que os políticos dependem do apoio da opinião pública, e por isto, se utilizam de mentiras, boatos, manipulações, intrigas e deturpações, contribuindo, muitas vezes, com a desinformação.

Protagonistas anônimos

Já o jornalista Ricardo Kotscho conta como começou no jornalismo e como foi sua transição de jornaleiro, quando jovem trabalhou em uma banca de jornal, para jornalista. Seu primeiro emprego como jornalista foi em um jornal de bairro de São Paulo, depois trabalhou em vários jornais brasileiros, como Estadão e Folha de São Paulo, além de se aventurar como jornalista na Alemanha, no telejornalismo no Globo Rural e como assessor de Lula em sua campanha presidencial, no final de 1988.

Kotscho ficou conhecido na redação do Estadão como o "repórter do pipoqueiro", pois entrevistou um velho pipoqueiro na ocasião de visita do Presidente Costa e Silva a São Paulo. Diferente do resto da imprensa que sempre entrevistava os mesmos personagens, geralmente pessoas em posição de poder, ele conseguiu um diferencial ao contar a história de um anônimo. "Enquanto todo mundo corria para um lado, em cima dos protagonistas das matérias, eu caminhava para o lado oposto, pegando o lado dos coadjuvantes, dos figurantes, dos anônimos que só ajudam a compor o cenário", diz. Desde o acontecido, as reportagens de Kotscho ficaram conhecidas por seu estilo único.

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