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Destaques

Escrevendo Novos Capítulos

Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...

Construção de uma teoria unificada do jornalismo

Em seu artigo: "Construindo uma teoria do jornalismo" publicado em 2002, o Doutor em Ciências da Informação Jorge Pedro Sousa argumenta sobre a necessidade de se criar uma teoria unificada do jornalismo, assunto que divide a opinião de autores de estudos jornalísticos. Para contribuir, o pesquisador criou um modelo em que duas equações interligadas explicam as notícias e os seus efeitos.

Alguns estudiosos acreditam na existência de conhecimento suficiente para se edificar uma teoria do jornalismo, outros não. O autor do artigo é a favor da criação de uma teoria unificada do jornalismo e caso aconteça alguma contradição da teoria, que esta, eventualmente, seja revista e substituída.

Sousa acredita que uma teoria do jornalismo deve explicar como surge, como se difunde e quais os efeitos que o produto jornalístico (notícia) gera. Ainda de acordo com o autor, ela deve ser breve, clara, universal, traduzível matematicamente e predictiva. "Uma teoria da notícia, como qualquer teoria científica, será válida unicamente enquanto não ocorrerem fenômenos que a contradigam, pois o conhecimento científico, que é construído, como qualquer outro tipo de conhecimento, é marcado pela possibilidade de refutação, e portanto, pela revisibilidade", explica.

De acordo com os resultados de pesquisas realizadas no campo dos estudos jornalísticos, como Sousa (2002), Shoemaker e Resse (1996) e Shudson (1988), Jorge Pedro Sousa percebeu dois pontos sobre as notícias.

"(1) a notícia jornalística é o produto da interacção histórica e presente (sincrética) de forças pessoais, sociais (organizacionais e extraorganizacionais), ideológicas, culturais, históricas e do meio físico e dos dispositivos tecnológicos que intervêm na sua produção e através dos quais são difundidas;

(2) que as notícias têm efeitos cognitivos, afectivos e comportamentais sobre as pessoas e, através delas, sobre as sociedades, as culturas e as civilizações".

O pesquisador transformou os dois pontos acima em duas funções interligadas num sistema:

¹ N = f (Fp.Fso.Fseo.Fi.Fc.Fh.Fmf.Fdt)
² En = f (Nf.Nc.P.Cm.Cf.Cs.Ci.Cc.Ch)

A primeira equação¹ mostra que a notícia é produto de um processo histórico e presente da interação de várias forças (pessoal, social, ideológica, cultural, meio físico em que são fabricadas, dispositivos tecnológicos usados no seu processo de fabrico e difusão, histórica). A segunda equação² evidencia os efeitos de uma notícia (dependem da própria notícia, da pessoa que a consome, das circustâncias que a pessoa a recebe).

No artigo também é possível conferir quais foram as evidências que conduziram ao modelo e o teste do modelo através de exemplos.

Acesse o artigo na íntegra

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