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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Construção de uma teoria unificada do jornalismo

Em seu artigo: "Construindo uma teoria do jornalismo" publicado em 2002, o Doutor em Ciências da Informação Jorge Pedro Sousa argumenta sobre a necessidade de se criar uma teoria unificada do jornalismo, assunto que divide a opinião de autores de estudos jornalísticos. Para contribuir, o pesquisador criou um modelo em que duas equações interligadas explicam as notícias e os seus efeitos.

Alguns estudiosos acreditam na existência de conhecimento suficiente para se edificar uma teoria do jornalismo, outros não. O autor do artigo é a favor da criação de uma teoria unificada do jornalismo e caso aconteça alguma contradição da teoria, que esta, eventualmente, seja revista e substituída.

Sousa acredita que uma teoria do jornalismo deve explicar como surge, como se difunde e quais os efeitos que o produto jornalístico (notícia) gera. Ainda de acordo com o autor, ela deve ser breve, clara, universal, traduzível matematicamente e predictiva. "Uma teoria da notícia, como qualquer teoria científica, será válida unicamente enquanto não ocorrerem fenômenos que a contradigam, pois o conhecimento científico, que é construído, como qualquer outro tipo de conhecimento, é marcado pela possibilidade de refutação, e portanto, pela revisibilidade", explica.

De acordo com os resultados de pesquisas realizadas no campo dos estudos jornalísticos, como Sousa (2002), Shoemaker e Resse (1996) e Shudson (1988), Jorge Pedro Sousa percebeu dois pontos sobre as notícias.

"(1) a notícia jornalística é o produto da interacção histórica e presente (sincrética) de forças pessoais, sociais (organizacionais e extraorganizacionais), ideológicas, culturais, históricas e do meio físico e dos dispositivos tecnológicos que intervêm na sua produção e através dos quais são difundidas;

(2) que as notícias têm efeitos cognitivos, afectivos e comportamentais sobre as pessoas e, através delas, sobre as sociedades, as culturas e as civilizações".

O pesquisador transformou os dois pontos acima em duas funções interligadas num sistema:

¹ N = f (Fp.Fso.Fseo.Fi.Fc.Fh.Fmf.Fdt)
² En = f (Nf.Nc.P.Cm.Cf.Cs.Ci.Cc.Ch)

A primeira equação¹ mostra que a notícia é produto de um processo histórico e presente da interação de várias forças (pessoal, social, ideológica, cultural, meio físico em que são fabricadas, dispositivos tecnológicos usados no seu processo de fabrico e difusão, histórica). A segunda equação² evidencia os efeitos de uma notícia (dependem da própria notícia, da pessoa que a consome, das circustâncias que a pessoa a recebe).

No artigo também é possível conferir quais foram as evidências que conduziram ao modelo e o teste do modelo através de exemplos.

Acesse o artigo na íntegra

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