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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

O que é o jornalismo?

O que é o jornalismo? O jornalista português, professor e doutor Nelson Traquina estimula a reflexão sobre esta indagação no primeiro capítulo do seu livro 'Teorias do Jornalismo - Volume I: Porque as notícias são como são', publicado em 2005 pela editora Insular. Sem a pretensão de se tornar um manual para a prática jornalística, o autor busca por meio do livro fornecer compreensão teórica do jornalismo.

Para Traquina, o jornalismo é um conjunto de 'estórias', logo o jornalista pode ser considerado um "moderno contador de 'estórias'" da sociedade contemporânea. O produto do jornalismo são as notícias, que tentam retratar a realidade. Se o jornalista pecar pela ficção, este pode ser condenado pela comunidade e colocar um ponto final em sua carreira.

Uma discussão bem frequente no campo de estudo jornalístico é a questão da técnica e da teoria. O autor argumenta que o jornalismo não está relacionado somente ao domínio técnico e os profissionais não podem ser tratados como meros trabalhadores numa 'fábrica de notícias'. "... os jornalistas fazem parte de uma profissão, talvez uma das profissões mais difíceis e com maiores responsabilidades sociais", justifica. Ainda para Traquina, o jornalismo é uma atividade intelectual, e é possível observar nos produtos jornalísticos a criatividade e construção do mundo em notícias.

"Até que ponto o jornalista é livre e são livres os jornalistas", reflete Nelson Traquina. A imprensa deve informar o público sem censura. A credibilidade do veículo de comunicação fica comprometida quando o governo influencia na atividade dos meios jornalísticos. "Tal como a democracia sem uma imprensa livre é impensável, o jornalismo sem liberdade ou é farsa ou é tragédia", ressalta. O jornalismo é condicionado por fatores como: a pressão das horas de fechamento, competitividade do jornalismo como um negócio e hierarquias superiores da empresa.

Para entender melhor sobre as notícias, Traquina conta que é é necessário que se compreenda a cultura profissional da comunidade jornalística e não apenas os fatores externos. O campo jornalístico é dividido em dois pólos: pólo ideológico em que o jornalista realiza um serviço público ao fornecer informações necessárias aos cidadãos para que estes possam votar e participar na democracia; Pólo econômico, em que o jornalismo é visto como um negócio e as notícias como mercadorias. O sensacionalismo e a venda de produtos jornalísticos são características deste pólo, em que as ideologias do profissional, geralmente, são deixadas de lado. "A tensão entre os dois pólos é permanente e insolúvel", comenta.

É necessário que os profissionais da área dominem as técnicas jornalísticas, mas estudar as teorias jornalísticas e refletí-las são fundamentais para que os jornalistas e futuros jornalistas possam melhorar o fazer jornalístico e cumprir com os propósitos de uma profissão tão importante para a sociedade.

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