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Destaques

A terceira semana sem fumar cigarro

Como era difícil criar hábitos positivos. Havia acabado de passar da terceira semana sem fumar cigarro e ainda sentia certo desconforto. Seja para bem ou para mal, descobrira que mesmo após anos, algumas pessoas continuavam lutando contra a vontade de fumar, ou seja, era muito mais difícil do que parecia. Na tentativa de substituir comportamentos negativos por mais saudáveis, se via diante da necessidade de se desapegar um pouco da nostalgia e voltar a se focar mais no momento presente. Havia tomado mais do que o suficiente sua dose de nostalgia e agora estava preparado para continuar seguindo em frente. Era chocante o quanto o cigarro havia segurado comportamentos e ao abandoná-lo, comportamentos que antes estavam sob controle, agora pareciam soltos. Precisava de um detox das redes sociais, como quem sabia que fumar fazia mal. Precisava voltar a focar em si mesmo, deixando o passado de uma vez por todas para trás. Era no momento presente que ia celebrando as pequenas conquistas. Para ...

Os encontros e desencontros da vida jornalística

Texto produzido por mim, Ben-Hur Oliveira, publicado no jornal impresso laboratorial da UCDB 'Em Foco', na edição extra '72 Horas de Jornalismo'

Acadêmicos de jornalismo e publicidade e propaganda da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) que estavam visitando diferentes veículos jornalísticos, impresso, radio, TV e online, da capital sul-matogrossense, estiveram presentes na mesma entrevista coletiva realizada numa delegacia, onde os jornalistas foram entrevistar o delegado e uma quadrilha que foi presa, porém devido à diferença de horários os jovens se desencontraram.

Por este desencontro, os acadêmicos puderam observar e sentir um pouco como é a rotina do jornalista, profissional que está sempre correndo contra o tempo.

De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News, em 5 meses a quadrilha roubou no mínimo 20 veículos, entre caminhonetes e caminhões. Foram presos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Odair José Duarte Pacheco, Ademir da Silva Souza e Katiuscia dos Santos, que serão indiciados por formação de quadrilha e roubo qualificado. As ordens foram comandas pelos presidiários José Antônio Sobrinho e Geraldo de Souza, em que os caminhoneiros que faziam frete eram o principal alvo. Três pessoas ainda estão foragidas.

Gabriel Gomes, estudante do quinto semestre de jornalismo, conta que quando chegou à entrevista coletiva não se sentiu bem pelo jeito que os jornalistas estavam abordando os acusados. “Pelo que eu senti os acusados estavam se sentindo menosprezados”, relata. Segundo o acadêmico, ao chegar à coletiva, a equipe entrou em um corredor onde tinham cinco presos, quatro homens e uma mulher. “Os jornalistas já tinham se organizado. Cada emissora de televisão teve a sua vez de gravar com os acusados e fazer as perguntas”, narra. O estudante estava visitando o jornal online Campo Grande News, e saiu junto com a repórter Paula Vitorino para acompanhar a coletiva, que só entrevistou o delegado responsável pelo caso.

Gabriel, que ficou observando os jornalistas realizarem as entrevistas com os acusados e com o delegado, teve a impressão de que alguns profissionais estavam despreparados, porque os mesmos faziam perguntas iguais, talvez pela falta de atenção em ouvir o que os entrevistados diziam. Para o jovem, observar os jornalistas ajudando uns aos outros foi interessante, pois segundo ele, quebrou um tabu de que os jornalistas competiam entre si. “As brigas são entre os chefes”, comenta o que observou e ouviu dos jornalistas presentes na coletiva.

A estudante do primeiro semestre de jornalismo da Católica, Ísis Machado, de 25 anos, visitou o jornal impresso O Estado. Devido a um atraso, a jovem conta que quando chegou à coletiva de imprensa os jornalistas de outros meios de comunicação já estavam indo embora. Na entrevista, a jovem acompanhou a jornalista Jacqueline Oliveira entrevistar o delegado e as pessoas envolvidas no roubo de caminhões de frete. “Os roubos eram comandados de dentro do presídio e organizado por uma mulher, que contava com a ajuda de uma quadrilha, para roubar os caminhões e vender no Paraguai”, conta.

Amaury Arruda, de 18 anos, e Tayana Vaz, de 17 anos, ambos estudantes do primeiro semestre de Comunicação Social da Universidade Católica Dom Bosco, sendo o primeiro estudante de Publicidade, e a segunda de Jornalismo, visitaram juntos a TV Campo Grande e também acompanharam a entrevista coletiva. Os dois estudantes contam que a experiência foi interessante. “Tinham muitos repórteres de diversos veículos e nós acompanhamos a entrevista”, conta Arruda. Além de observar, o estudante aproveitou para fotografar a coletiva e recebeu dicas do repórter. Já Tayana Vaz aproveitou para filmar os jornalistas, o delegado e a quadrilha. “Foi legal, porque nós vimos todos os jornalistas juntos, apesar da competição entre empresas os jornalistas colaboravam entre si.

Todos os jovens que visitaram os veículos de comunicação aprenderam sobre a rotina dos jornalistas por meio da observação. O fato curioso é de que mesmo tendo visitado a mesma entrevista coletiva, os quatro acadêmicos acabaram se desencontrando. E assim são os encontros e desencontros jornalísticos, em que profissionais e acadêmicos que vão cobrir a mesma pauta, ora têm a oportunidade de se encontrar, ora não.

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