"Como a Starbucks salvou minha vida" é um livro auto-biográfico escrito por
Michael Gates Gill, um ex-publicitário, diretor de criação da J. Walter Thompson, que trabalhou durante 25 anos na empresa até ser demitido. A vida do homem começou a mudar aos 63 anos, após ele conseguir um emprego na Starbucks.
Uma série de escolhas feitas por Mike durante a vida o levaram à falência e também à solidão. Pai de cinco filhos, o homem era aficionado pelo antigo trabalho e perdeu importantes momentos com a sua família. Não bastando a ausência em sua casa, Michael envolveu-se com uma psicóloga estéril, que acabou ficando grávida.
Para a mulher, ficar grávida era um milagre e a mesma decidiu que teria a criança. Mike contou para a esposa sobre o caso e gravidez, e ela pediu separação. O homem deixou a casa e algumas economias para o filho.
Além de separado, o velho foi demitido do seu emprego na agência de publicidade pela funcionário que uma vez tinha indicado e ajudado a fazer parte da equipe da empresa. Com mais tempo livre, Mike aproveitou para passar mais tempo com o seu novo filho e a mãe dele, uma forma de compensar a ausência com seus outros filhos, porém a mulher deixou de achá-lo interessante.
Mike tentou abrir o próprio negócio mas as coisas não deram certo. Falido, o homem descobre que tem um tipo raro de cancer e precisa fazer uma cirurgia no cérebro. Uma proposta de emprego faz ele refletir sobre sua vida, preconceitos, limitações, diversidade.
A conquista da vaga faz Mike confrontar o seu passado e mudar suas atitudes. O homem que não andava de transporte público, morava numa casa grande e nunca tinha limpado nada a vida toda, torna-se um funcionário da Starbucks, responsável por diferentes funções, entre elas a limpeza de banheiro, precisa andar de metrô e lidar com diferentes pessoas diariamente.
Confesso que comprei o livro por causa do preço de aproximadamente R$9,00. A história envolvente e sobre valores me surpreendeu à medida que eu lia e no final, mostrou-se uma boa surpresa: um daqueles livros que você não se imaginaria lendo, mas acaba gostando e recomendando a leitura. Mais do que relatar o crescimento de um funcionário dentro da Starbucks que saiu da zona de conforto, o autor nos leva a refletir sobre as prioridades da vida.
PS: Impossível terminar de ler o livro sem sentir vontade de tomar um bom café.
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