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Destaques

Navillera: Drama coreano sobre o amor pelo balé na terceira idade

Quanto tempo dura um sonho de infância? Após uma vida inteira sonhando com o balé, um homem na terceira idade decide finalmente tornar realidade, com a ajuda de um jovem bailarino apaixonado pela dança. O telespectador acompanha essa não tão improvável amizade e união por uma paixão em comum no drama coreano Navillera , dirigido por Dong-Hwa Han em 2021, adaptado pelo roteirista Lee Eun-Mi em uma webtoon. Por ter mais de 70 anos, além de ter que lidar com as próprias limitações do corpo, como a flexibilidade e dificuldades de equilíbrio, o Sr. Shim (In-hwan Park) se arrisca em algo mesmo com o preconceito por parte da família em relação ao balé e à idade em que ele decidiu começar a praticar.  Do outro lado, ao mesmo tempo em que treina balé para um concurso, Chae Rok (Song Kang) assume a missão de ensinar Shim o básico sobre a dança clássica. O que se inicia como uma estranha relação adquire novos contornos conforme eles vão se aproximando e criando um vínculo que vai além das aulas

Uma viagem pelo tempo com os amigos


Não era um aniversário qualquer. Aproveitou para comemorar mais um ano de vida e tecer um capítulo onde quem estivesse acompanhando aquela história pudesse entendê-la mesmo sem tê-la observado desde o início. Não deixaria a audiência diminuir mais, caso contrário corria o risco de perder o seu próprio seriado com o registro de sua vida e dos seus principais amigos.

Todo ano era sempre igual. Somente por alguns minutos, eles viajavam para a vida passada. Prometeram a si mesmos que limitariam a ação de se transportar pelas malhas do tempo. Uma vez a cada temporada era mais do que suficiente. Não havia muito que o roteirista pudesse fazer, somente assistir aquela cena que se repetia e repetia. Por um minuto ele sentava e assistia o roteiro que já havia sido escrito, dando lugar para os mesmos personagens em outras histórias paralelas.

O garoto que queria ser uma bruxa na verdade estava interessado em outros planetas; enquanto o outro queria saber do seu castelo. Um buscava trazer para o presente uma amizade do passado, já o outro desejava poder parar de cometer os mesmos erros todas as vezes.

Todos estavam juntos e separados ao mesmo tempo, era como se todas as histórias passassem em lugares e tempos diferentes, mas todos estavam reunidos como deveria ser. Como algo podia ser tão singular e tão coletivo? A resposta era uma só. Eles se conheceram em cada uma das viagens que tiveram. Era sempre aquele velho grupo de amigos.

Várias regras foram quebradas. A primeira e principal delas dizia que eles não podiam chamar a atenção que deveria ser totalmente destinada ao amigo. Faltavam apenas alguns dias para o ano novo. Os jovens decidiram seguir por caminhos diferentes: passado, presente e futuro. Eles não poderiam falar sobre o passado, nem sobre o que ainda não havia acontecido neste plano, caso contrário poderiam alterar as suas vidas para sempre.

No final, todos conseguiram o que queriam. As histórias continuariam por mais um ano. Era só mais um daqueles finais de temporada confundido com final de série. Como sempre faziam, episódio após episódio, eles esqueceram o passado, e o que se lembravam era confundido com ficção. Uma história dentro de outra. Quem poderia julgar a loucura deles tentando sobreviver em um mundo tão diferente do que estavam acostumados.  Ilusão ou realidade, eles conseguiram salvar suas próprias vidas sem querer. Eram fantoches criados para entreter o autor daquela história e quem mais tivesse interesse no que acontecia na vida daqueles quatro jovens rapazes.

O jogo devia continuar. "Eles dizem não odeiem o jogador, odeiem o jogo. Mas quando você inventou as regras, perder é realmente uma droga".

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