Para quem tem curiosidade sobre os bastidores do mundo dos profissionais que trabalham com artistas, o drama coreano Behind Every Star mostra como os funcionários de uma agência de celebridades lida com os problemas e perrengues causados pelos famosos representados por eles. Lançado em 2022 , o dorama está disponível na Netflix . Por trás de toda atuação, há artistas temperamentais em Behind Every Star e cabe aos funcionários tentarem entender seus caprichos, como a quebra de contratos em cima da hora, alguma exigência ou demanda que o artista tenha para participar de determinada produção e até mesmo como eles precisam lidar com seus bloqueios e medos. O dorama nos faz pensar no lado humano por trás dos profissionais, bem como na exaustão física e mental que seus cargos exigem e no medo do julgamento – tão comum e retratado nas produções sul-coreanas. Além da burocracia do mundo artístico, os agentes também lidam com problemas pessoais entre os profissionais, como divergências entre
Ruby Sparks é o nome de um filme de comédia e drama lançado no Brasil em outubro de 2012, mas só nesta semana foi exibido em Campo Grande (MS), pelo Cinemark, na Sessão Cine Cult. O filme foi dirigido pelos mesmos diretores de Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine).
Eu poderia dedicar alguma parte deste texto para reclamar de como poucos filmes bons chegam até minha cidade, e quando chegam são exibidos em sessões limitadas, como Ruby Sparks que só foi exibido nesta quarta-feira, 02 de janeiro, e quinta-feira, 03 de janeiro de 2013, mas vou deixar esta indignação para outro dia.
O filme mostra um pouco sobre o poder da escrita e como os escritores podem ficar envolvidos com suas histórias e personagens, literalmente. Protagonista do filme, Calvin Weir-Fields (Paul Dano) é um escritor que ficou famoso por causa de um livro, mas está com bloqueios para escrever um novo romance. Após sonhar com uma garota, ele começa a produzir um livro sobre a personagem Ruby Sparks.
As coisas parecem surreais quando Ruby aparece na casa de Calvin. A personagem ganha vida, mas não vontade própria já que está presa à história inventada pelo escritor. O roteiro escrito por Zoe Kazan que também interpreta Ruby Sparks é engraçado e inteligente deixando o telespectador curioso para saber qual será o desenrolar da trama.
Ao inventar uma personagem, um escritor acaba concendendo a ela características que façam as pessoas se identificar, para que a mesmo pareça com alguém que existe de verdade. Quem lê uma obra tem a impressão de que o protagonista tem autonomia e às vezes, fica indignado com o autor quando acontece algo que não gostaria.
Em Ruby Sparks, Calvin deixa explícito como um escritor pode criar e alterar o quanto quiser a vida de seus personagens. Mais do que uma história de imaginação sobre um ser humano inventado que aparece no mundo real, o filme aborda temas como a solidão e possessividade.
Após terminar com uma antiga namorada, Calvin não ouve o seu psicólogo e irmão sobre conhecer pessoas novas e ao descobrir que Ruby é sua atual namorada faz de tudo para deixá-la ao seu lado, nem que para isto precise controlá-la através de sua máquina de escrever, manipulando os sentimentos da jovem.
Mesmo namorando, o escritor continua agindo de forma solitária e egoísta. Após a namorada se afastar aos poucos de Calvin, o mesmo depois de brincar de Deus com Ruby e revela o seu lado possessivo e carente, experimentando diferentes sensações com a jovem. Desde a independência emocional até a necessidade de estar sempre perto.
Assim como Ruby é fruto da imaginação e da habilidade de escrita de Calvin, é quase impossível sair do filme sem imaginar se cada um de nós no fundo não somos somente personagens criados, sem vontades próprias, que apenas seguimos um roteiro já definido.
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