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Destaques

Um Natal diferente

Um Natal diferente. Um Natal sem carregar velhos fantasmas do passado, para se permitir viver o aqui e agora e encerrar um ciclo que já precisava ter encerrado faz tempo. Talvez por fora tudo fosse igual. Talvez tudo parecesse diferente. Mas a verdade era que alguns vínculos se tornavam pesados demais e não valiam a pena manter. Não, nenhuma relação unilateral valia o tempo. Escrevia para se lembrar o quanto algo assim parecia impossível há uns anos. Escrevia para dizer que pouco a pouco havia aprendido a se libertar. Se importava menos com o que os outros pensavam e focava nos próprios limites. Seria um Natal diferente, como deveria ser há anos. Algumas relações se desgastam com o tempo e não têm salvação, não importa o quanto você tente encaixar. De tanto ir deixando ir aos poucos ao longo dos anos, finalmente havia chegado a hora de se soltar de uma vez por todas. Escrevia para dizer o quanto era libertador e que não havia espaço para arrependimento, aliás, recomendava o mesmo ao ou...

Pedalada, Disciplina e Paciência

Texto: Ben Oliveira

Neste domingo, acordei às 9 horas da manhã, algo que não costumava fazer há um bom tempo. Sempre deixei o final de semana para poder dormir mais e acordar na hora que o meu corpo desejasse. Com uma nova jornada em mente, comecei a organizar minha vida novamente.

“Por que você acordou cedo hoje?”, quem está lendo deve estar se perguntando. Acordei porque decidi que iria pedalar nesta manhã. Depois de tomar um banho, me alimentar e passar protetor solar, lá estava eu com a bicicleta pedalando feliz da vida no Parque dos Poderes – uma região de Campo Grande (MS), onde as pessoas costumam praticar atividades físicas, como caminhada, corrida e pedalada.

Pedalar era mais do que a simples atividade física, mas também uma maneira de me desligar dos pensamentos destrutivos, controlar minha ansiedade e oxigenar o cérebro. A sensação de percorrer aquelas avenidas, sentir o vento nos cabelos e ouvir as músicas da Natasha Bedingfield era relaxante.

Quando estamos perdidos, os dias parecem sem sentido e tanto faz o que pode acontecer, mas naquela manhã, por incrível que pareça, eu acordei bem-humorado e otimista, dois adjetivos que não combinavam muito com os meus domingos, principalmente quando eu acordava cedo.

Após 40 minutos de pedalada, percebi que nos pequenos acontecimentos do cotidiano conseguimos tirar lições. Nem sempre as coisas acontecem como esperávamos e cabe a nós decidirmos como vamos reagir. Tive que respirar diversas vezes para não deixar aquela situação me irritar. Um dos pedais da bicicleta havia quebrado e todo o percurso que eu fiz naquele tempo, eu levei o dobro do tempo para retornar para casa.

Sob o sol forte, tive que carregar por mais de uma hora a bicicleta. Antigamente, eu xingaria, gritaria e odiaria aquela situação, mas, hoje, eu simplesmente me deixei levar, tentando enxergar o lado positivo, se é que havia algum. Observei um casal de velhinhos sentados em frente ao carro e lendo seus jornais, diversas pessoas praticando atividades e se esforçando para conquistarem seus objetivos e um homem vendendo picolé naquele calor infernal.

Enquanto nos filmes, seriados e livros, um personagem na minha situação certamente poderia ser ajudado por alguém interessante, a realidade me atingiu em cheio quando a única pessoa interessada em me auxiliar, na verdade estava com segundas intenções do que desejando ser prestativo. Pois é, nada de príncipes encantados, paixões à primeira vista e amores de verão, a vida estava me lembrando de que, às vezes, era preciso passar por situações desconfortáveis e passar por tudo aquilo de cabeça erguida.

Falta pouco tempo para que uma nova jornada se inicie em minha vida e enquanto eu ainda não estou lá, percebi que posso tentar aprender mais sobre a vida e a necessidade de disciplina e paciência, dois elementos essenciais para a conquista dos seus ideais. E foi assim que uma simples pedalada se transformou em mais uma lição para mim.

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