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Destaques

Desarmando alarmes

Relaxar é muito mais fácil na teoria do que na prática. Desarmar o sistema de alarmes da ansiedade que, vez ou outra, pode apitar ainda que nada esteja acontecendo. É somente ao aceitar se soltar do peso de estar alerta o tempo inteiro que conseguia aproveitar o momento presente. Não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Era abrindo mão do controle que se permitia encarar as coisas como elas eram. O excesso de controle não faria o problema desaparecer. Pelo contrário, muitas vezes precisava de uma distância saudável para se autorregular.  O medo e a ansiedade significavam que era algo que precisava prestar atenção, mas também eram lembretes de não levar tão a sério. No final das contas, estar bem era muito mais do que não estar em crise. O excesso de ansiedade poderia dar uma falsa ilusão de que tudo estava sob controle, mas era ao abrir a mão e confiar que conseguia voltar a viver: era mais do que um diagnóstico. Ao mover a atenção, pouco a pouco ia se permitindo viver o aq...

Resenha: Formaturas Infernais

Formaturas Infernais, livro publicado no Brasil em 2009 pela editora Galera Record traz cinco contos paranormais escritos pelas autoras Meg Cabot, Stephenie Meyer, Michele Jaffe, Kim Harrison e Lauren Myracie. Para quem esperava terror e suspense, a coletânea de contos traz histórias leves e infanto-juvenis.

Como o próprio título do livro recorda, o que todos estes contos têm em comum é o fato de estarem relacionados com a formatura, período tão esperado pelos adolescentes norte-americanos, onde eles colocam uma roupa cara e bonita e desejam participar do baile com os seus namorados ou pessoas por quem estão apaixonados. Com os protagonistas das narrativas não é diferente.

Meg Cabot que ficou mais conhecida com a sua série de livros O Diário da Princesa é autora do conto A Filha da Exterminadora, no qual a protagonista é filha de uma caçadora de vampiros, demônios e outras entidades sobrenaturais. O conto é narrado pelos personagens Mary e Adam, ambos tentando sobreviver a um vampiro que está no baile de formatura do colégio.

Já o segundo conto do livro, O Buquê, escrito por Lauren Myracie, na minha opinião, foi o mais divertido das histórias. Lauren conta a história de Frankie, uma adolescente que procura uma médium tentando descobrir se o menino que gosta a chamará para o baile da formatura. A jovem ganha um buquê de flores que a possibilita fazer três desejos, fazendo a protagonista se envolver em uma confusão.

Escrito por Kim Harrison, o conto Madison Avery e A Morte é sobre uma menina que se muda para outra cidade e precisa ir ao baile de formatura com o filho do chefe do seu pai. No entanto, Madison entediada com o seu par Josh, sai da festa com outro rapaz, se envolvendo em uma série de problemas, já que o jovem é um agente da morte.

Salada Mista, de Michele Jaffe é o conto mais longo do livro. Novamente, a protagonista da história quer ir ao baile de formatura com o colega que é apaixonado, mas ao ser motorista de uma adolescente, Miranda se vê na obrigação de ajudar a garotinha que está sendo perseguida por um grupo de pessoas. Miranda também tem o poder de super-audição.

O último conto do livro e o qual eu esperava mais, mas achei um pouco fraco foi escrito por Stephenie Meyer, escritora que ficou famosa pela saga Crepúsculo. Inferno na Terra narra um jovem que vai ao baile de formatura com uma menina que dá o pé na bunda dele. Coisas estranhas acontecem na noite, como pessoas que foram juntas ficarem com outras e o baixo astral. Sheba, um demônio que tenta fazer de tudo para disseminar o caos na noite tem os seus planos atrapalhados pelo protagonista, Gabe.

Talvez por não estar acostumado a ler muitos livros infanto-juvenis, esperava mais de Formaturas Infernais. Se eu tivesse 15 anos, pode ser que gostaria mais dos contos, porém achei todas muito infantis, sem a dose de terror e adrenalina que me incitam a querer ler do começo ao final. Livros de contos como o Goosebumps tem muito mais suspense e conflitos. Livros como Formaturas Infernais vendem bastante pelas autoras serem conhecidas do público, não necessariamente pela qualidade das narrativas.

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