Sou suspeito para falar do
seriado Salem, já que sempre gostei de séries, livros, filmes e demais produtos culturais que tivessem relação com
bruxas. A série televisiva tem história, drama e fantasia e foi criada por
Adam Simon (diretor e roteirista, conhecido pelos filmes Evocando Espíritos e Bones – O Anjo das Trevas) e
Brannon Braga (produtor executivo e roteirista, 24 Horas, Terra Nova e Jornada nas Estrelas), para o canal
WGN America.
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Sangue, Mentiras e Bruxaria. |
Uma novidade boa para os brasileiros – ou não, dependendo seu ponto de vista – é a Rede Bandeirantes (Band) ter comprado os direitos de exibição de Salem. No entanto, segundo informações do
Portal Salem Brasil, a emissora se comprometeu com o Ministério da Justiça a exibir o conteúdo compatível para a classificação de 14 anos. Como eles farão para não tirar toda a graça da série, eu não sei. Já que a sensualidade e cenas de sexo fazem parte do ingrediente picante de Salem.
O seriado foi inspirado no
Julgamento e Execução das Bruxas de Salém, é claro, com um delicioso toque de ficção. A história se passa no
século XVII, em
Salem, no
Massachusetts, num vilarejo onde as trevas e a verdadeira sobrenatural das bruxas estão escondidas sob o período da história americana.
“Em Salem, as bruxas são reais, mas elas não são quem ou o que elas parecem ser”.
A trama principal da série Salem é a seguinte:
Mary Sibley (
Janet Montgomery – Entourage) é a bruxa mais poderosa da cidade que inventa uma maneira de sacrificar os puritanos da cidade e proteger outros
bruxos da cidade, embora nem sempre os seus planos deem certos. Ela é esposa de
George Sibley (Michael Mulheren). No período onde a igreja e os puritanos controlavam a cidade, Mary Sibley consegue manipular a todos, até que o seu antigo amor,
John Alden (
Shane West – Nikita e ER: Plantão Médico) retorna ao lugar.
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Elenco principal de Salem. |
Além dos dois personagens principais acima, Salem também conta com o
reverendo Cotton Mather (
Seth Gabel – Fringe e Dirty Sexy Money), a
bruxa Tituba (
Ashley Madekwe – Revenge e Secret Diary of a Call Girl) e o fornicador
Isaac (
Iddo Goldberg – Secret Diary of a Call Girl).
Todas as mortes em Salem parecem ser planejadas, até que as
bruxas de verdade começam a serem descobertas e inocentes conhecidos começam a ser enforcados e torturados para contar quem mais pratica
bruxaria na cidade.
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A Dança das Feiticeiras? |
Quem é que se lembra de
American Horror Story: Coven? Aquelas bruxinhas parecem uma piada perto das bruxas de Salem, embora seus poderes sejam menos exagerados (não basta a força de vontade) e mais sombrios. Eu, particularmente, esperava muito mais de Coven – até a fracassada
The Secret Circle que foi cancelada, terminou deixando o espectador mais curioso. Se os poderes foram o ponto alto dos personagens, o final da temporada foi o mais errado o possível, beirando ao cômico e ao idiota.
Embora Salem aposte na ficção tradicional sobre bruxaria (e muitos digam que já existem muitas histórias assim... E daí?), a série tem acertado em cheio, com sua vingança poética – quase uma reescrita da história, ou uma versão alternativa, onde as bruxas não eram as coitadinhas vítimas, assassinados sem poderem se defender.
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"Mostre-me a bruxa". |
No site da
WGN America é possível encontrar fotos do cenário, vídeos sobre as maquiagens de efeitos especiais e o figurino, entrevistas com os atores e mais informações para quem gosta ou tem curiosidade de conhecer mais sobre Salem.
"Viver em Salem e não acreditar em bruxas é como viver em Londres e não acreditar na névoa. É negar o que está na sua frente"
Gritarias, possessões, sexo, luxúria, conflitos internos entre as bruxas, sacrifícios, sangue, criaturas sombrias, segredos e muito mais para quem tiver interesse em assistir Salem. A atuação de Janet Montgomery e Ashley Madekwe está incrível. A parte mais chata da série é quando se foca na história do personagem do ator Shane West, porém acredito que na
2ª temporada de Salem, John Alden volte com mais mistérios.
Por causa da relação entre a bruxaria e rituais diabólicos, há praticantes da bruxaria que acharam a série ofensiva. Acredito, no entanto, que é preciso saber separar ficção e história. De vítimas da igreja, do
Martelo das Bruxas (Malleus Maleficarum), num período onde as alucinações e sintomas histéricos eram vistos como obra do diabo, além dos problemas relacionados à colheita, adultério e demais situações que eles não conseguissem explicar e precisavam de um culpado, Salem veio para mostrar como seria a história se aquelas mulheres (muitas delas, nem mesmo praticaram bruxaria) lutassem e quisessem controlar e se vingar dos puritanos, ao invés de sofrerem, serem julgadas e executadas em vão. Sibley e suas bruxas vão mostrar quem realmente manda em Salem!
PS: Depois de assistir Salem, você nunca mais vai ver algumas expressões do mesmo jeito, como “Engoliu o sapo?”.
Confira o trailer da série Salem:
E aí, o que acharam da série?
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