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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Redes Sociais e Desinformação: 8 Fatores que contribuem para a disseminação de conteúdos de baixa qualidade

As mídias sociais têm se mostrado ótimas ferramentas para ajudar com a propagação de informações na internet, com um alcance considerável e praticamente instantâneo. Todavia, com tanta velocidade de compartilhamento de conteúdos, necessidades de persuasão ou de produzir algo que gere interação entre os usuários, nestas redes são encontradas muita desinformação (manipulação; informações de baixa qualidade que não são comprovadas).


Na internet, os principais prejudicados na manipulação dos grandes meios de comunicação de massa são as pessoas incapazes de fazerem uma leitura crítica, compreenderem o contexto do que está sendo lido, lerem nas entrelinhas, pois eles acabam não só consumindo essas informações erradas, como também ajudando a compartilhá-las. De repente, o que era uma leve brisa se transforma num furacão.

Confira 8 fatores que contribuem para a disseminação de informações de baixa qualidade nas redes sociais:

– A falta de leitura: Isso mesmo. Não estou falando nem de uma leitura aprofundada. Nas redes sociais existem usuários que veem o título do link, não leem o seu conteúdo e para piorar a situação, compartilham no mural. Não é preciso ser nenhum especialista em línguas para lembrá-los a dificuldade que muitas pessoas têm de interpretar um texto. Durante a própria graduação de Jornalismo, vi alguns absurdos sendo cometidos, pela simples falta de leitura. O que fazer? Para lidar com a dificuldade de interpretação, muita leitura! Não falo só de informações superficiais, mas de livros, reportagens e artigos que ajudam na contextualização do que está sendo lido.

– A falta de apuração das informações: Não dá para acreditar em tudo o que lemos. Se até mesmo alguns jornalistas e veículos de comunicação na pressa não apuram corretamente as informações antes de publicá-las, quem dirá um indivíduo que não está interessado com a qualidade do que está compartilhando, somente com os burburinhos que vão gerar. Desconfie. Na dúvida, não custa nada checar outras fontes de informações, antes de sair compartilhando uma notícia falsa, um vírus e demais links que comprometem o equilíbrio do meio virtual.

– A falta de pensamento crítico: Infelizmente, a educação brasileira não prioriza a formação de cidadãos pensantes, mas a reprodução dos discursos. Logo, independente do grau de escolarização dos usuários das redes sociais, muitos deles parecem ser incapazes de pensarem por conta própria, talvez não só por preguiça, mas por hábito. Aliás, o próprio jornalismo que deveria enxergar todos os lados da história, muitas vezes, mal se aprofunda. Não se reflete quais são as consequências das informações compartilhadas, não se pensa sobre o que foi lido, não se compreende qual foi a intenção da mensagem transmitida pelo autor.

– A necessidade de parecer o que não é: A estética prevalecendo sobre a ética. Nas redes sociais observa-se usuários compartilhando informações descontextualizadas. Compartilha-se aquilo que desconhece, porque é bonitinho ou parece inteligente. Logo, ao ver a frase de um autor, seria interessante que o usuário procurasse a fonte e lesse na íntegra. Porém, o que acontece é essa leitura superficial de uma frase ou trecho de livro que perde todo o seu sentido. Não é à toa que vemos frases da Clarice Lispector sendo compartilhadas como se fossem frases de autoajuda. Não vejo nenhum problema em compartilhar suas quotes favoritas, desde que não fique somente no discurso vazio. Afinal, quem mais se engana é o próprio usuário. Com tantas informações interessantes disponíveis na internet, facilidade de encontrar livros, artigos e pesquisas em bibliotecas virtuais, o índice de leitura do brasileiro ainda é vergonhoso.

– Memória curta: Quem nunca ouviu aquela expressão: “brasileiro tem memória curta”? Pois é, não há nenhum problema em sermos incapazes de nos lembrarmos de tudo o que acontece, até porque nesse excesso de informações, nossas mentes são limitadas e sobrecarregadas diariamente. No entanto, existem usuários que aproveitam desta fragilidade para produzir conteúdos manipulados, alterando totalmente o sentido do que aconteceu. A época das eleições está aí para provar. Quantas promessas, não é mesmo? Ao invés de usar a internet como uma ferramenta para analisar o histórico dos políticos, ver quais propostas têm sido cumpridas ou não, as redes socais têm sido usada para disseminar informações falsas, competição de egos e deste nível para baixo.
O dinheiro fácil é um dos principais golpes virtuais presentes nas redes sociais.

– Propaganda enganosa: As mesmas propagandas que faziam muitos usuários gastarem horrores de dinheiro com um produto que não era recebido, um serviço mal feito ou pior ainda, para o roubo de dados e compras falsas, agora estão presentes nas redes sociais. Aliás, esses golpes virtuais também estão presentes nos e-mails, embora sejam mais fáceis de reconhecerem. Qual é o problema quando um usuário cai numa frauda dessa? O usuário não só corre o risco de ter o seu computador invadido, como também tem esses links com vírus compartilhados automaticamente. Alguns dos golpes virtuais: “Veja como ganhar dinheiro rápido e fácil”, “Veja como emagrecer xx quilos”, “Veja imagens de morte chocante”, “Veja vídeo de acidente”, “Curta a notícia para liberar a matéria completa” etc.

– Imagens com links duvidosos: A utilização de imagens para chamar a atenção dos usuários tem se mostrado uma ótima estratégia para cativá-los e fazê-los compartilharem o conteúdo. O problema é quando junto com a imagem, no texto está disponível um link duvidoso. Com os encurtadores de links, a situação fica mais complicada ainda para descobrir se você não está ajudando a divulgar algum arquivo malicioso ou não. É preciso resistir ao impulso de resistir aquela imagem extraordinária ou belíssima, se o usuário não tem certeza o que está sendo linkado.


– O compartilhamento compulsivo: As redes sociais são viciantes e compartilhar acaba se tornando uma atividade prazerosa e compulsiva. Alguns usuários chegam ao ponto em que nem sabem mais o que estão compartilhando. Sentem que se não contarem o que estão lendo, onde estão, o que estão fazendo e por aí vai, é como se eles não tivessem feito tal coisa ou ido em tal lugar. Há países que oferecem tratamentos para dependentes em internet! Parece brincadeira, mas o assunto é sério.

Esse texto serve para qualquer pessoa! Não deixe de compartilhar com aquele seu amigo chato que não para de compartilhar vírus, notícias falsas ou informações adulteradas na internet. Você estará fazendo um favor a ele e protegendo a si mesmo dos lixos virtuais, arquivos infectados e conteúdos de baixa qualidade. Precisamos usar a internet com mais sabedoria... Ou ficarem presos à teia e seremos devorados pelo monstro da desinformação!

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