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Destaques

Deixava ir

Nem tudo precisava ser dito. Havia algo mágico em não dizer. Longe de ser um último ato de covardia, era um auto de libertação. Tinha aprendido a dizer não só longo do ano. Tinha aprendido que nem sempre precisavam ceder. Tinha aprendido que duas coisas did poderiam ser verdades e não precisava se pressionar. Estaria mentindo se dissesse que não sentia saudade, mas também sabia que era algo unilateral. Enquanto um se silenciava para o outro, o outro continuava buscando, então, para equilibrar, decidira fazer o mesmo. Foi somente quando deixou de ir atrás que começou a sentir o respeito voltar aos poucos. Foi ao aceitar que eram tão diferentes que qualquer afeto que havia entre os dois não importava. Foi deixando tudo ir, na esperança de não estragar o próprio fim de ano. Um ano era mais do que o suficiente para conversar. Mas de um jeito ou de outro, se evitaram. E as coisas foram se acumulando. Foi ao deixar o outro finalmente livre que poderia sentir a própria liberdade. Deixar ir ti...

Vídeo: A Nova Literatura Brasileira – Clara Averbuck

Assista a entrevista com a escritora Clara Averbuck que participou do Sempre Um Papo, ciclo de debates Nova Literatura Brasileira, no qual ela falou sobre sua carreira literária e o lançamento do seu livro Cidade Grande no Escuro (Ed. 7 Letras). O projeto é patrocinado pela Petrobras e Itaú.
Clara Averbuck. Foto: Reprodução.
Clara Averbuck falou sobre a influência do feminismo na sua escrita, seus textos publicados em blogs, como conquistou seus primeiros leitores, a dificuldade de sobreviver da venda de livros no Brasil, entre outros assuntos.

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