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Destaques

Resenha: Tempo de Cura – Monja Coen

O livro Tempo de Cura , da autora Monja Coen , está repleto de reflexões e foi escrito no período da Pandemia de Covid-19, no período em que o Brasil e o resto do mundo estava lidando com questões como o isolamento social e o uso de máscaras respiratórias, bem como com pessoas que se negavam a seguir as orientações de saúde pública. O livro foi publicado pela editora Academia , em 2021. Compre o livro: https://amzn.to/3PiBtFO Em um período difícil, no qual as pessoas tiveram que lidar com a solidão, doenças e mortes, o livro escrito pela Monja Coen serviu como bálsamo para acalmar os corações e mentes – e pode ser lido até nos dias atuais, pois nunca estamos completamente imunes a passar por uma próxima pandemia e a doença permanece causando impactos para a saúde da população.  Compartilhando suas primeiras experiências com o zen e a meditação, Monja Coen é certeira em falar sobre a importância da paz e da cura e da preocupação com o bem-estar coletivo, dando como exemplo as orientaçõe

Resenha: Grande Magia – Elizabeth Gilbert

Todo artista precisa sofrer? No livro Grande Magia: Vida Criativa Sem Medo (Big Magic), de 192 páginas, publicado no Brasil pela Editora Objetiva, em 2015, Elizabeth Gilbert procura desmistificar a questão do gênio criativo e sua relação com o mal-estar, assunto tão comum no meio artístico que acaba sendo associado com naturalidade. Para a escritora norte-americana que ficou conhecida mundialmente graças ao seu best-seller Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love), o caminho para a criatividade deve ser livre de excesso de julgamentos que podem levar ao adoecimento da mente.

Livro Grande Magia Elizabeth Gilbert Editora Objetiva

Não é a primeira vez que Elizabeth Gilbert comenta abertamente sobre a questão. Após escrever o seu livro de memórias de sua jornada pela Itália, Índia e Indonésia, ela foi convidada a palestrar no TEDTalks e compartilhou como sua carreira de escritora mudou após escrever a obra que foi sucesso de vendas. Em seus relatos autobiográficos após um divórcio, Liz tenta recuperar o seu equilíbrio no mundo com a ajuda de práticas de meditação indiana e balinesa, restaurante a paz e saúde do seu corpo, mente e coração – busca que ela continuou tentando aplicar em sua vida criativa, mesmo de volta aos Estados Unidos e a inspirou a escrever este livro.

“A primeira coisa a fazer é esquecer a perfeição. Não temos tempo para a perfeição. De qualquer forma, ela é inatingível: é um mito, uma armadilha, uma roda de hamster que vai fazê-lo correr até morrer”.

Grande Magia não é um livro voltado só para escritores, mas para qualquer pessoa que pratique alguma atividade criativa e/ou artística. Elizabeth Gilbert fala sobre a necessidade de se permitir ter algo que nos dê prazer, mesmo que isto signifique não poder tirar qualquer fonte de renda disto. Fugindo da linha dos artistas que recomendam a miséria e a dor para produzir emoções reais e produzir ‘verdadeiras obras de arte’, a autora afirma que é possível, sim, desenvolver a criatividade, ter um ofício e não deixar isto consumi-lo, caso não venha a obter o sucesso esperado.

O livro está dividido em seis partes que se inter-relacionam: Coragem, Encantamento, Permissão, Persistência, Confiança e Divindade. Cada um desses tópicos é discutido, seja por meio de experiências da própria autora, por exemplos de colegas artistas e pessoas que decidiram apostar em uma vida criativa ou através de citações e histórias de indivíduos que abraçaram o seu gênio criativo – tanto cultivando o lado positivo quanto apostando suas fichas nos seus demônios interiores e se entregando à autodestruição.

 “A dor emocional faz de mim o oposto de uma pessoa profunda; deixa minha vida estreita, superficial e isolada. O sofrimento pega todo esse universo gigantesco e empolgante e o reduz ao tamanho de minha cabecinha triste. Quando meus demônios pessoais assumem o controle, sinto meus anjos criativos se afastarem...”  

Cada um tem o jeito de transformar suas energias e produzir coisas produtivas. Elizabeth Gilbert se dá como exemplo de como a dor não só a atrapalha com a arte, mas também com sua vida pessoal, deixando-a confinando ao universo cinzento. Juntando as angústias do artista com a cobrança pela criação de uma obra de arte perfeita, muitos estão fadados a se tornarem amargurados e a sentir raiva de outras pessoas que obtiveram sucesso ou o mínimo prazer de fazerem o que gostam, enquanto muitos desistiram pelo caminho.

Elizabeth Gilbert mostra o problema por meio de várias perspectivas, não só a do artista autocomiserativo, como também a da família e amigos que não entendem e apoiam aqueles que desejam usar a inspiração e a curiosidade para investir no seu lado criativo, lembrando que no final das contas as pessoas estão tão focadas em suas próprias vidas e aqueles que passam suas existências abrindo mão do que gostam, por se preocuparem com o que os outros vão pensar, acaba trilhando um caminho sombrio, deixando seus sonhos morrerem.

“Talvez a maior benção da criatividade seja esta: ao absorver nossa atenção por um período curto e mágico, consegue nos aliviar temporariamente do terrível fardo de sermos quem somos. E o melhor de tudo é que, ao fim de sua aventura criativa, você terá um suvenir, algo que você fez, algo para lembrá-lo para sempre de seu encontro breve, porém transformador, com a inspiração”.

O que Elizabeth Gilbert faz em seu novo livro vai além das fórmulas de autoajuda presentes em muitas obras do gênero – ela explica como o equilíbrio é a base para que toda e qualquer atividade possa acontecer de maneira saudável e prazerosa. A escritora tenta fugir um pouco do estereótipo do artista maldito, viciado em bebidas, drogas e outros vícios prejudiciais e abre os olhos para a possibilidade de brincar, literalmente, com a magia, remontando aos tempos em que o gênio criativo era visto como uma força exterior ao ser humano.

Quando a autora propõe uma vida leve e sem excesso de pressões, entretanto, não significa abrir mão de determinados gêneros, temáticas e estilos – não é o produto final que precisa ser mais zen, mas o processo permitindo mais liberdade e alegria para o artista. Elizabeth distribui tapas delicados para todos os lados, inclusive para o artista que se lamenta das dificuldades, como se alguém o estivesse obrigando a persistir – tempo com o qual poderia continuar cultivando a inspiração e se movimentar atrás dos seus objetivos e prazeres.

Afinal, o que Liz ensina não é algo extraordinário, porém não deixa de ser essencial de se relembrar – uma vez ou outra ao longo de nossas jornadas, acabamos desviando de nossos propósitos por causa de inseguranças, medos, cobranças e demais obstáculos, sejam impostos pelos outros ou por nós mesmos –, que cabe a cada um se permitir a cuidar da sua própria felicidade e os resultados que vierem são bônus.

Compre em formato impresso ou ebook o livro Grande Magia, da autora Elizabeth Gilbert, no site da Amazon Brasil: http://amzn.to/1ryCXhX

Elizabeth Gilbert Autora Livros Grande Magia Comer Rezar Amar
Sobre a autora – Elizabeth Gilbert nasceu em Waterbury, Connecticut, e vive atualmente no pequeno distrito de Frenchtown, em Nova Jersey. É escritora premiada de ficção e não ficção, e ficou conhecida mundialmente pelos livros de memórias Comer, Rezar, Amar e Comprometida, publicados em mais de trinta idiomas. É também autora de um livro de não ficção, O Último Homem Americano, da coletânea de contos Peregrinos, finalista do prêmio PEN/Hemingway, e dos romances Sobre Homens e Lagostas e A Assinatura de Todas as Coisas. Em 2008, a revista Time a apontou como uma das cem pessoas mais influentes do mundo. Para mais informações sobre a autora: www.elizabethgilbert.com

O livro Grande Magia pode ser encontrado nas principais livrarias do país que comercializam obras publicadas pela Editora Objetiva.

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