Dramas coreanos ou K-dramas como são chamados vêm há alguns anos conquistando telespectadores de diferentes partes do mundo, estando presentes em plataformas de streaming, como a Netflix. Para quem já assistiu, sabe que pode ser viciante maratonar kdramas. São tantas produções interessantes que nem sempre conseguimos nos lembrar de todas que assistimos, mas algumas deixam uma marca em nós. Confira 10 Frases Favoritas de Kdramas: “Não esqueça de nada. Lembre-se de tudo e supere. Se não superar, sempre será uma criança cuja a alma nunca floresce” – Tudo Bem Não Ser Normal (It’s Okay Not To Be Okay) “A felicidade é como uma borboleta que, quando perseguida, está sempre fora do nosso alcance, mas, se você se sentar em silêncio, ela pode pousar em você” – Apesar de Tudo, Amor (Nevertheless) “Meus sentimentos por você... são como amor não correspondido por um gato... Gatos geralmente fazem seus donos se sentirem solitários, mas eles os fazem igualmente felizes. Quando almoço com você e ouç
Resenha: As Brumas de Avalon: A Senhora da Magia – Marion Zimmer Bradley
A Senhora da Magia é o primeiro livro da série As Brumas de Avalon (The Mists of Avalon), da escritora norte-americana Marion Zimmer Bradley. A edição da obra que eu li, de 252 páginas, foi traduzida por Waltensir Dutra e publicada no Brasil pela Imago Editora, em 2008. Para quem gosta de fantasia, a autora recontou a lenda do Rei Arthur por uma perspectiva feminina, repleta de mistérios e encantos de Avalon.
As Brumas de Avalon é um livro de ficção, mas Marion Zimmer Bradley mergulhou nas Lendas do Rei Arthur, de Sidney Lanier, e em outras obras sobre druidas e a religião celta – há uma forte relação com a bruxaria e a religião Gardnerian Wicca, uma das tradições neopagãs. Foi com base nessas pesquisas históricas e contatos com praticantes da magia, que sua obra vai além da fantasia e acaba servindo como um material de estudo para quem deseja conhecer melhor a religião da Deusa, suas tradições e costumes.
Desde o prólogo, o leitor conhece Morgana, a qual faz uma bela introdução sobre si mesma e sobre a ilha sagrada de Avalon. Ela conta os nomes pelos quais foi chamada “irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha” e de forma breve relata o preconceito que a religião da Grande Deusa sofria por parte dos cristãos. Ao longo do livro, o leitor viaja pela terra em que há disputas de poderes entre nações, crenças e perspectivas – um lugar em que as intrigas políticas e a magia andam lado a lado, separados por uma bruma que só pode ser vista por aqueles que conheciam os mistérios da noite.
“Sempre soube que tive outras vidas, pois parece-me que a vida é algo demasiado grande para ser vivida apenas uma vez e ser logo apagada como uma lâmpada quando o vento sopra. E por que, então, quando a vi pela primeira vez, senti que já a conhecia antes mesmo de o mundo ser feito? Estas coisas são mistérios, e creio que talvez as conheça melhor do que eu”
Apesar de Morgana ser um dos pontos-chave da narrativa, antes mesmo de a menina ter idade suficiente para se aventurar pelos caminhos da magia de Avalon, o leitor conhece Igraine, a mãe daquela que ora é vista como fada, ora como feiticeira. Desde o início sabemos da importância dos sacrifícios para o destino e como homens e mulheres são guiados pela fé, de forma que se torna difícil não se doer pelas personagens principais quando suas vidas fogem de suas mãos e suas escolhas as levam para caminhos sem volta.
Igraine desde nova é obrigada a se casar com o repulsivo Gorlois. Uma mulher que viu a juventude escorrer pelos seus dedos graças ao pedido de Viviane, sua irmã e Senhora do Lago, como é conhecida a Sacerdotisa responsável por se comunicar com a Deusa. A terceira irmã é Morgause, uma jovem que ambiciona o poder e tem mais liberdade do que as outras mulheres de sua família. As três eram filhas de uma sacerdotisa e cada uma teve que fazer o que era preciso para sobreviver, sabendo que nem sempre o que elas desejam para si mesmas era o que a vida havia lhes reservado.
"As pequenas magias é que eram mais difíceis, forçando a mente a caminhar pela primeira vez por trilhas desconhecidas. Chamar o fogo e provocá-lo à vontade, fazer baixar as névoas e cair a chuva – tudo isto era simples, mas saber quando fazer chover ou provocar a bruma, ou quando deixar tudo isto às mãos de Deus, isto não era tão simples. Havia outras lições que o meu conhecimento da Visão não tornava mais fáceis: as ervas, a arte de curar, as longas canções das quais não se podia nunca escrever sequer uma palavra, pois como pode o conhecimento dos Grandes Seres ficar registrado por alguma coisa feita por mãos humanas?"
A história de As Brumas de Avalon: A Senhora da Magia é narrada em terceira pessoa, com algumas intervenções de Morgana narrando em primeira pessoa – confesso que gosto muito da visão da jovem, pois vamos pouco a pouco percebendo como ela amadurece e como suas ações e os eventos vão transformando sua maneira de enxergar o mundo e a magia. Embora a narrativa se passa em uma Bretanha cercada pelo misticismo, conflitos religiosos e guerras, a linguagem do romance é bem acessível e envolvente, não se perdendo nos excessos e digressões.
Muito mais do que apresentar um universo em que homens lutam para conquistar territórios e se defender de invasores, Marion Zimmer Bradley mostrou que o papel das mulheres vai muito além do que se esperava e elas podem ser muito mais fortes e resilientes do que muitos dos reis e outros homens em posição de poder. Seja abrindo mão de alguns desejos, permanecendo fiel à sua religião mesmo com toda a pressão e visão negativa que o cristianismo tentou espalhar sobre as feiticeiras e associá-las com os demônios – por ignorância ou para evitar que mais pessoas possam se interessar pelo paganismo – ou por estarem ao lado e atrás de homens para garantir que as coisas aconteçam conforme o planejado, em As Brumas de Avalon, as mulheres são mais poderosas do que aparentam e fundamentais para o equilíbrio.
“O céu continuava escuro, embora a leste a névoa já se dissolvesse com o alvorecer. A luz cresceu enquanto Viviane observava; as nuvens vermelhas formaram-se lentamente, assumindo a forma de dragões vermelhos, retorcendo-se por todo o horizonte. E, então, uma grande estrela cadente flamejou por todo o céu, quase apagando os dragões vermelhos; seu brilho cegou Viviane por um momento; quando pôde ver novamente, o dragão vermelho desaparecera e as nuvens instáveis haviam se tornado brancas com o sol nascente”.
Marion Zimmer Bradley consegue prender o leitor com suas personagens femininas de maneira que o próprio Arthur acaba ficando um pouco ofuscado. Não tem como não ficar curioso para beber mais da fonte de Avalon e se aventurar pelos mistérios da Grande Deusa. O final do primeiro livro, A Senhora da Magia, deixa o leitor enfeitiçado para saber os próximos desafios que serão enfrentados por Morgana, Arthur, Igraine, Viviane, Merlin, Lancelot, bem como dos personagens que aparecem menos e outros que terão mais destaque nos outros livros da série.
Sobre a autora – Marion Zimmer Bradley nasceu em Albany, Nova Iorque, no dia 03 de junho de 1930, e se casou com Robert Alden Bradley em 1949. Em sua adolescência, Marion foi uma fã de ficção científica e fantasia e escreveu desde que se lembra, mas apenas para revistas de colégio e fanzines até 1952, quando ela vendeu seu primeiro conto para a Vortex Science Fiction. Ela escreveu desde ficção científica até narrativas góticas, mas é mais conhecida pela série Darkover e pela série As Brumas de Avalon sobre as lendas do Rei Arthur.
Além dos seus livros publicados, Marion Zimmer Bradley editou revistas, amadoras e profissionais, incluindo a Marion Zimmer Bradley’s Fantasy Magzine, a qual ela começou em 1988. Ela também editou uma antologia anual chamada Sword and Sorceress. Marion morreu em Berkeley, Califórnia, no dia 25 de setembro de 1999, quatro dias após sofrer um ataque cardíaco grave.
O final do primeiro livro é uma tortura, lembro que da primeira vez fiquei super curiosa, mas só tinha o primeiro livro, levou um bom tempo até que os outros chegassem. Também senti muita pena da Igraine, de como a vida era tão pouco dela. Adorei a resenha.
Oi, Bibbi! Que maravilha ter sua visita por aqui. Dá dó da Igraine... Ela sofre tanto, mas por outro lado ela consegue encontrar a felicidade, né? Tudo bem que temporariamente... Obrigado pelo comentário! Vou visitar o seu blog ♥ Beijos
Fico feliz que tenha gostado das quotes e das resenhas. Eu acho que os trechos de livros são ótimos incentivos para saber se vamos gostar ou não de uma obra. Beijos
verdade mesmo e nos faz pensar na natureza humana...as nossas complexidades muito legal..adoro Ben estou te tagueando venha participar. Será muito legal ler suas respostas, segue o link: http://theluckstar.blogspot.com.br/ bj
Li esse primeiro há uns dez anos, mas nunca retomei a tetralogia. Na época fiquei impressionado com a humanização que a autora deu a personagens que são tão estereotipados por outros autores, quadrinistas e diretores de cinema. Principalmente Morgana que me conquistou.
Oi, Ronaldo! Gosto muito de como a temática da magia é trabalhada no livro. Dá para perceber que a autora levou um bom tempo pesquisando sobre a religião da Deusa, bem como conversando com membros e estudiosos do assunto. É muito bom ver esse lado humano e poder enxergar outras perspectivas sobre a Lenda do Rei Arthur. Obrigado pela visita! Gratidão. Abraço
Já li os três livros, e estão entre os meus preferidos. Também gostei muito de Morgana. A que gostei menos foi de Gwen, não era bem assim que eu imaginava ela. Mas adoro todo que tenha haver com a lenda do rei Artur!
Eu amei a resenha, estou trabalhando as Brumas de Avalon em meu TCC e principalmente a senhora da magia, com introdução na grande deusa e a voz que ecoa das mulheres. Suas perspectivas me abriram os olhos em várias funções! e acho Morgana adoravel, decidida e independente! Bjus
Olá! Fico muito feliz que tenha gostado. Morgana é uma personagem fascinante. Preciso ler os outros livros da série. Falta tempo para ler tudo o que eu desejo. Te desejo boa sorte com seu TCC! Acho fascinante essa perspectiva feminina e sua relação com a magia. Abraços
O final do primeiro livro é uma tortura, lembro que da primeira vez fiquei super curiosa, mas só tinha o primeiro livro, levou um bom tempo até que os outros chegassem. Também senti muita pena da Igraine, de como a vida era tão pouco dela.
ResponderExcluirAdorei a resenha.
Bjss
Bibbibokkens.blogspot.com.br
Oi, Bibbi!
ExcluirQue maravilha ter sua visita por aqui.
Dá dó da Igraine... Ela sofre tanto, mas por outro lado ela consegue encontrar a felicidade, né? Tudo bem que temporariamente...
Obrigado pelo comentário! Vou visitar o seu blog ♥
Beijos
que quotes maravilindas preciso ler adorei a resenha ...bj
ResponderExcluirhttp://theluckstar.blogspot.com.br/
Fico feliz que tenha gostado das quotes e das resenhas. Eu acho que os trechos de livros são ótimos incentivos para saber se vamos gostar ou não de uma obra.
ExcluirBeijos
verdade mesmo e nos faz pensar na natureza humana...as nossas complexidades muito legal..adoro
ExcluirBen estou te tagueando venha participar. Será muito legal ler suas respostas, segue o link:
http://theluckstar.blogspot.com.br/
bj
OI, Bora Ler!
ExcluirAdorei a tag. Obrigado pela indicação \o\
Visitei o seu blog e adorei suas respostas.
Beijos
Li esse primeiro há uns dez anos, mas nunca retomei a tetralogia. Na época fiquei impressionado com a humanização que a autora deu a personagens que são tão estereotipados por outros autores, quadrinistas e diretores de cinema. Principalmente Morgana que me conquistou.
ResponderExcluirOi, Ronaldo!
ExcluirGosto muito de como a temática da magia é trabalhada no livro. Dá para perceber que a autora levou um bom tempo pesquisando sobre a religião da Deusa, bem como conversando com membros e estudiosos do assunto. É muito bom ver esse lado humano e poder enxergar outras perspectivas sobre a Lenda do Rei Arthur.
Obrigado pela visita!
Gratidão.
Abraço
Já li os três livros, e estão entre os meus preferidos. Também gostei muito de Morgana. A que gostei menos foi de Gwen, não era bem assim que eu imaginava ela. Mas adoro todo que tenha haver com a lenda do rei Artur!
ResponderExcluirEu amei a resenha, estou trabalhando as Brumas de Avalon em meu TCC e principalmente a senhora da magia, com introdução na grande deusa e a voz que ecoa das mulheres. Suas perspectivas me abriram os olhos em várias funções! e acho Morgana adoravel, decidida e independente! Bjus
ResponderExcluirOlá!
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado. Morgana é uma personagem fascinante. Preciso ler os outros livros da série. Falta tempo para ler tudo o que eu desejo. Te desejo boa sorte com seu TCC! Acho fascinante essa perspectiva feminina e sua relação com a magia.
Abraços