Lançado em 2015 pela
Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), o
Prêmio Cepe Nacional de Literatura contou com mais de 700 inscrições de
escritores do Brasil e de outros países, como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Japão, Uruguai e Portugal. Neste dia 16 de novembro foram anunciados os resultados dos
autores vencedores. Ficou curioso para saber quais foram os escritores e obras literárias selecionadas? Confira abaixo!
Autores e livros vencedores do Prêmio Cepe Nacional de Literatura:
Categoria Poesia:
O pernambucano
Walther Moreira Santos, com o livro
Arquiteturas de vento frio.
“Apresentou uma produção mais homogênea e consistente, de alta qualidade lírica, tendo o seu autor um seguro domínio dos ritmos poéticos, bem como da técnica de escandir os versos. É uma poesia de nostalgia e choque entre passado e futuro num presente de tensão e promessas” – comentário da Comissão da Premiação Literária
Sobre o autor:
Walther Moreira Santos – Também ilustrador, nasceu em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, e já venceu vários concursos literários. Entre eles, Prêmio Xérox do Brasil, de 2001, com a novela Ao longo da curva do rio; Prêmio Casa de Cultura Mário Quintana, 2003, com o romance Um certo rumor de asas; Prêmio Cidade de Curitiba, 2009, com o romance O ciclista; Prêmio Sesc de Poesia Carlos Drummond de Andrade de 2014, com O que em nós se eterniza; e Prêmio Pernambuco de Literatura de 2013, com o livro de contos O metal de que somos feitos.
Categoria Romance:
O paulista
Luís Sérgio Krausz, autor de
Outro lugar.
“Tem uma qualidade excepcional, destinada até a ocupar um lugar de destaque na produção literária brasileira atual. Pode ser descrito como um vertiginoso épico cosmopolita que atravessa várias épocas – final do século 19, anos 20, 30, 40, 50, 60 e 70 do século 20 – e vários lugares do mundo – São Paulo, Nova York, Paris, Beirute e Israel” – comentário da Comissão da Premiação Literária
Sobre o autor:
Luís Sérgio Krausz – Nascido em São Paulo, doutorou-se me Literatura Judaica na USP, onde ensina literatura hebraica e judaica. Obteve mestrado em Letras Clássicas na University of Pennsylvania, depois de estudar a mesma disciplina na Columbia University. Trabalhou como jornalista e editor em diversas publicações da imprensa paulistana e produziu vários livros e arquivos sobre a literatura judaica em seus múltiplos desdobramentos geográficos e linguísticos. É autor de três romances: Desterro: memórias em ruínas, 2011; Deserto, 2013; e Bazar Paraná, 2015.
Categoria Conto:
O paulista
Mílton Morales Filho, com
Dancing jeans – Baixo Augusta e outros contos.
“A obra foi escolhida por destacar-se, principalmente, nos quesitos originalidade, realização e força narrativa. Além de apresentar linhas centrais que permeiam quase todas as histórias (…) apresenta uma unidade que sustenta a obra como um todo” – comentário da Comissão da Premiação Literária
Sobre o autor:
Mílton Morales Filho – Natural de Bragança Paulista (SP), é formado pela Escola de Arte Dramática da USP e tem seus principais trabalhos e prêmios relacionados com a literatura dramática. Entre outras distinções, figuram as seguintes: Prêmio Melhor Espetáculo Infantil no Cultura Inglesa Festival de 2009, com Enjoy; Prêmio de Incentivo ao Teatro Paulista, em 2008, com o projeto Histórias de chuva, composto de uma peça adulta e outra infantil; Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) com o texto infantil O cadarço laranja.
Categoria Literatura Infantojuvenil:
O gaúcho
Lourenço Cazarré, que assina
Os filhos do deserto combatem na solidão.
“A obra se destaca não somente pelo domínio da técnica, mas também pelo tema escolhido: a história dos negros africanos trazidos como escravos para o Brasil e sua luta pela liberdade. (…) Representa um importante aporte para a compreensão da nossa história e identidade” – comentário da Comissão da Premiação Literária
Sobre o autor:
Lourenço Cazarré – Jornalista formado pela Universidade Católica de Pelotas (RS), cidade onde nasceu, é autor de mais de 50 livros, entre novelas juvenis, coletâneas de contos, romances e livros de reportagem. Recebeu mais de vinte prêmios literários de âmbito nacional, tendo vencido por duas vezes o maior certame literário dos anos 80, a Bienal Nestlé, nas categorias romance (1982) e contos (1984). Um de seus livros para jovens, Nadando contra a morte, de 1998, recebeu o Prêmio Jabuti. A novela juvenil A espada do general (1988) foi traduzida para o espanhol.
O prêmio literário foi promovido pelo Governo do Estado de Pernambuco e cada vencedor receberá um prêmio de R$ 20 mil, além da publicação dos livros pela Cepe Editora. A entrega da premiação acontece em dezembro de 2016.
Segundo a assessoria de imprensa do Prêmio Cepe Nacional de Literatura, as categorias com mais inscrições foram, respectivamente, poesia (225), livros infantojuvenis (209), romances (150) e contos (127). Os estados que mais contaram com inscrições de escritores nacionais no prêmio foram: São Paulo (146), Pernambuco (91) e Rio de Janeiro (86).
O julgamento foi realizado em duas etapas, com uma comissão de pré-seleção e outra de premiação, ambas formadas por pessoas de renome na área de Literatura. A primeira foi composta pelo professor de Letras da UFPE, Ricardo Postal; o escritor, professor e tradutor Wellington de Melo; o escritor, poeta, contista e tradutor Everardo Norões; e o jornalista e escritor Homero Fonseca. A segunda foi formada pela escritora Carola Saavedra, a escritora e jornalista Márcia Denser e o escritor Antônio Carlos Viana.
Os resultados foram divulgados também no site oficial do prêmio de literatura.
Sobre a Cepe – A Companhia Editora de Pernambuco – Cepe é uma sociedade de economia mista que tem como atividade principal a edição e impressão do Diário Oficial do Estado de Pernambuco. Vinculada à Secretaria da Casa Civil, tem como missão publicar os atos oficiais e matérias legais, públicos e privados, garantindo sua autenticidade e perenidade, e contribuir para fortalecer a cidadania e valores culturais. Suas atividades, além da edição e impressão do órgão oficial, englobam também a edição de periódicos e a produção de impressos em geral, atendendo à estrutura do Estado e a terceiros. A partir de 2008, a Cepe vem investindo fortemente na edição de livros, que ganham o reconhecimento público, tanto pelo conteúdo quanto pela qualidade editorial e gráfica.
*Com informações de Gilson Oliveira e Roziane Fernandes / Assessoria de Imprensa da Cepe
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