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Destaques

Ser lembrado por um leitor

Há algo encantador em ser lembrado por um leitor, como se de alguma forma estivessem conectados pelas palavras, mesmo com o passar dos anos. Havia algo reconfortante em saber que um leitor aguardava um livro novo. Tantas coisas tinham acontecido na vida após a publicação do último livro. De alguma forma, era como se tivesse se tornado outra pessoa. Estaria mentindo se dissesse que ainda não escrevia, mas nem sempre tinha energia ou foco para tal, já não era mais como antigamente quando conseguia prever quando iria terminar de escrever um livro. Um simples e-mail poderia fazer um escritor feliz e trazer uma dose de esperança de que em algum lugar do mundo, havia um leitor ansioso e animado com a possibilidade de um novo livro. Poucas sensações eram tão boas para os escritores. Só tinha como agradecer, ainda que em forma de texto aberto. Leitores, muitas vezes, são lembretes de que os livros importam. Escritores, em muitas situações, precisam deste lembrete constante para vencerem as dif...

Asperger: Autismo não tem rosto

Compartilho informações sobre Asperger, porque acho importante ajudar a diminuir o preconceito, mas em relação aos diagnósticos, cada um tem que ir atrás de ajuda profissional e especializada se tem interesse. Existem pessoas que passam a vida inteira bem sem o diagnóstico, outras, que descobrem que podem melhorar de vida, evitando situações que podem fazer mal. Não sou médico nem psicólogo: e nem todos eles são especializados no autismo. Então, se for procurar um, saiba escolher bem.


O cérebro do Asperger funciona de forma diferente do Neurotípico (Não-autista). O diagnóstico formal é importante? É, mas existem autistas que passam a vida inteira sem diagnóstico e podem melhorar de vida quando percebem que passam mal diante de episódios de hipersensibilidade, como de barulhos, luz, toques e odores. Autoconhecimento ajuda a reduzir as crises.

Autismo não tem rosto, já o preconceito... Esse lance de 'mas nem parece autista' é bobeira e meio ofensivo também. Existe um espectro e variações nele. Nem todo Asperger é igual ao Sheldon, Adam ou qualquer outro personagem autista (outro dia faço uma lista de personagens autistas, atenção a dois nomes da lista e aos seus personagens Alice Edward Mãos de Tesoura) – existem vários personagens que têm traços de autismo, que as pessoas simpatizam, mas não fazem ideia. Até porque o hiperfoco pode ser completamente diferente. Me parece que para alguns, é mais fácil gostar dos personagens ficcionais do que das pessoas autistas do mundo real. Paciência.

Existem muitos artistas, escritores e pessoas da área cultural que são autistas e ninguém imagina: 1) Porque nunca foram diagnosticadas oficialmente; 2) Porque não querem contar aos outros; 3) Porque o preconceito é real e diário. A análise não é feita somente com experiências e comportamentos do presente, mas da infância também e, como já foi dito aqui, os sintomas podem melhorar ou agravar, além dos comportamentos se transformarem conforme eles aprendem com base da observação e repetição.

Existem pessoas que descobrem que são Aspergers aos 60 anos de idade, outros aos 28 anos (como eu e vários escritores), muitos na infância e existem pessoas que nunca vão descobrir que são. Existem autistas em diferentes áreas profissionais. É extremamente preconceituoso achar que alguém por ser autista não conseguirá ser bem-sucedido.

Algumas personalidades autistas:


Albert Einstein

Isaac Newton

Thomas Jefferson

Michelangelo di Ludovico Buonarroti

Charles Darwin

Wolfgang Amadeus Mozart

Lewis Carroll 

Temple Grandin

Susan Boyle

Jerry Seinfeld

Anthony Hopkins

Daryl Hannah

Tim Burton (Não é diagnosticado formalmente)

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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