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Destaques

Palavras não ditas

Era uma vez um escritor que tinha tanta empatia por alguém próximo, que, muitas vezes, levava para a terapia problemas que não eram seus. Nem sempre sabia como ajudar. Não sabia como dizer não. Sempre estava disposto a ouvir. Até o dia em que se esgotou e se deu conta de que se as coisas não mudassem, ali não era seu lugar para ficar. Quando foi que precisou se diminuir tanto para caber nas expectativas do outro? O outro sequer sabia que seus posicionamentos ideológicos eram contrários e, vez ou outra, sofria com microagressões, mas se silenciava em bem da amizade – era quase como se vivesse uma vida dupla, da qual o outro desconhecia. Foi deixando um monstro crescer cada vez mais, um monstro alimentado pelo silêncio e que tanto se preocupava com o outro, que às vezes se deixava de lado. Para pessoas que estão familiarizadas com impor limites, o caso poderia ser bobeira, mas para ele, havia chegado a um estado de exaustão, no qual não queria voltar atrás. Estava exausto de ouvir proble...

Coragem para ir atrás dos seus sonhos

Que não te falte coragem para ir atrás do que te move. Nenhuma jornada inesperada é fácil. Ser escritor no Brasil ainda é visto com descrença, caminho repleto de preconceitos, dentro ou fora do universo literário – há certa ingenuidade por parte do autor brasileiro contemporâneo (especialmente se for independente) ao achar que o preconceito literário não vai respingar nele. O complexo de vira-lata é muito forte, mas quer saber? Adoro vira-latas.


Como escritor independente, é impossível não pensar em cada tapa que o Paulo Coelho levou e ainda leva – apreciado no mundo inteiro, basta viajar para ver os livros dele em vários países... desprezado em seu país por muitos e apreciado por quem vai além das entrelinhas/estruturas.

Aceitar que escritores e leitores são diferentes e que está tudo bem cada um ter o seu estilo/gosto/essência e que escrever/ler o que não agrada aos outros não te torna menos intelectual, como não cansam de vomitar por aí.

Chega uma hora da vida em que você precisa escolher se quer agradar aos outros, ou agradar a si mesmo. Leitura, escrita e arte são experiências. Aceitar imperfeições e não se deixar paralisar pelo medo. Por trás do crítico, muitas vezes, se esconde a covardia. Energia criativa reprimida quase sempre segue o caminho da destruição.

“Quem não pode agir diferente, será destruído pela rotina. Quem decidiu impedir as mudanças, irá transformar-se em pó. Malditos sejam os que não dançam, e impedem os outros de dançar” – Paulo Coelho, A Bruxa de Portobello

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.


Aproveite para assistir ao último vídeo publicado no meu canal do YouTube:

Comentários

  1. Precisamos lembrar constantemente de nos valorizarmos sempre, dar vazão aos nossos sentimentos e acreditar nos nossos sonhos.Ótimo texto, Ben!

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    Respostas
    1. Oi, Tadeu. Muito obrigado pela visita no blog. Pura verdade. Se a gente não acredita nos próprios sonhos e nas coisas que nos movem, quem é que vai? No final das contas, a luta é diária e apesar de contarmos com o apoio, na hora de colocar a mão na massa, o esforço é 100% nosso.
      Gratidão pelo apoio! ♥

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