Tudo o que nunca fomos. Tudo o que nunca seríamos. Tudo o que não éramos. Havia um espaço dentro de mim que não poderia ser preenchido por todas palavras que representávamos um para o outro. Ia, então, se soltando lentamente, de quem havia se soltado de forma brusca. Ia dando tempo ao tempo e espaço para as coisas voltarem ao eixo. Escrevia para lembrar, escrevia para esquecer. Esquecer o quê? Nunca tinham passado de dois personagens cujas histórias jamais se cruzariam. Sequer poderiam ser definidos como colegas ou amigos, tampouco eram amores. Eram quase alguma coisa e nesse mundo de indefinições, às vezes era melhor não saber. Perdeu a conta de quantos dias o outro havia ficado sem responder. Perdeu a conta de quanto tempo havia se passado. De quando limites foram cruzados e quando promessas foram quebradas. Escrevia para dizer que a dor também fazia parte do processo de se sentir vivo. Escrevia para nomear as emoções e encontrar clareza em um universo de indefinições. Escrevia para ...
Autistas com Superdotação: Página no Facebook compartilha vivências e memórias
Muita gente imagina que autistas com superdotação/altas habilidades (dupla excepcionalidade) não sofrem preconceito e bullying. Esse pensamento é bem errado.
Muitas vezes, somos invisibilizados por outras pessoas com argumentos de que 'não parecemos autistas', isso inclui profissionais desatualizados, familiares de autistas e até mesmo outros Aspergers.
O Sandro tem uma página cuja proposta é compartilhar um pouco dos seus relatos, vivências e experiências como autista superdotado. A página é bem recente e já tem mais de 500 curtidas!
Somos lidos como arrogantes, "sabe-tudo" e hostilizados por pessoas inseguras – Sandro Pereira Link do post com a imagem no Facebook: http://bit.ly/AutieSD
Por essas e outras, muitas vezes, eu aprendi a ficar quieto em sala de aula e nunca demonstrar tudo o que sabia sobre determinadas áreas de conhecimento.
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Hoje a Rivotrip publicou um texto sobre sua identidade e como ela não se deixa se definir só pelo autismo. Muitos autistas gostam de apoiar a causa, mas querem que suas vidas sejam mais do que suas diferenças neurológicas.
Tive a chance de ler o texto antes de ser publicado, embora ela tenha feito algumas alterações depois e gostei bastante.
Nem todo autista precisa falar só de autismo. Calinca é artista, designer, blogueira, youtuber, escritora, nerd, maratonista de séries, ilustradora, sonhadora, autocrítica, perfeccionista, e o que mais ela quiser ser na hora que der vontade.
Para quem quiser ler Não Sou Sua Garota Comum (Calinca Alcantara): http://bit.ly/CaliRivo
Texto da imagem:
Minha identidade sou eu, assim, desse jeitinho. Uma pessoa que nunca sentiu que precisa pertencer a algo pra pertencer no mundo – Calinca Alcantara
*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1)e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.