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Destaques

Observando Estrelas

As estrelas continuavam brilhando no céu, mas não conseguia alcançá-las. Havia encontrado uma estrela tão brilhante, mas quando tentou aproximar a visão, percebeu que ela já estava ao lado de outra estrela. Entre a surpresa e o choque, logo tentou se esquecer do que havia visto: era a única coisa que restava a fazer. A empolgação inicial de encontrar estrelas dera espaço a uma certa preguiça misturada à letargia. Sabia que elas estavam em algum lugar, bastava o tempo certo para que elas aparecessem, mas já não se sentia tão confiante em sua busca e pensara que ter ficado preso o suficiente em outros formatos estava atrapalhando seus êxitos. Queria uma estrela que servisse como uma musa, algo praticamente impossível de encontrar, mas que sabia que estava ali em algum lugar esperando por ele. Talvez as expectativas fossem altas e irreais, mas depois de se queimar e gelar pela realidade era tudo o que precisava. Estrelas, novas, brilhantes, estrelas que ainda não haviam tocado seu coração...

Autismo: Disfunção Executiva e reaproveitando coisas quebradas

Naturalmente desastrado. Hoje é Dia de Conscientização do Autismo, então, vou levar um pouco de informações.


Pessoas no espectro autista podem ter dificuldade com coordenação motora/localização espacial e ter disfunção executiva: trombar nas coisas, por exemplo. Não é exclusivo de autistas.

Sobre a disfunção executiva, pessoas com TDAH e outras condições também podem ter (Alzheimer, Parkinson, ansiedade, depressão, bipolar etc.).

No caso de nós, autistas, situações de estresse sensorial e emocional podem piorar a disfunção executiva. Há dias em que ficamos mais estabanados do que nosso normal. O que pode significar pequenos acidentes.

Desde criança, venho derrubando e quebrando potes. Na vida adulta, aprendi que não dá para odiar aquilo que você não pode mudar. Então, a gente improvisa. Às vezes, tento reaproveitar as coisas que quebro. O que dá para colar, eu colo. O que dá para ser reaproveitado, tento usar e o que precisa ir fora, aprendi a desapegar sem me culpar sempre (não tão fácil, muitas pessoas com Síndrome de Asperger/espectro autista podem ser perfeccionistas e ter dificuldade de lidar com as emoções). A vida fica mais leve.

PS: Só dei um exemplo, entre tantos outros que poderia dar sobre Disfunção Executiva (envolve planejamento, atenção, capacidades de organização, abstração, conceituação, execução, monitoramento, entre outras).

E você, conhece ou é alguém com disfunção executiva? Já conhecia o termo?



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Sobre o autor:


Ben Oliveira é escritor, blogueiro, jornalista por formação e Asperger. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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