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Destaques

Olympo: Série espanhola da Netflix sobre jovens atletas e doping

A série espanhola Olympo foi lançada recentemente pela Netflix e os fãs já estão se questionando se terá segunda temporada. Até o momento, nenhuma informação foi confirmada pela Netflix, mas o final da primeira temporada dá a entender que terá continuação. Seguindo um estilo parecido com o de Elite , série espanhola que fez sucesso na Netflix e teve 8 temporadas, resta saber se Olympo fará sucesso para sua renovação. A série espanhola chegou a ficar em primeiro lugar entre os mais assistidos em alguns países, de conteúdos que não sejam de língua inglesa. Uma escola voltada para atletas que têm um nível de alto desempenho. Enquanto os jovens lidam com seus treinamentos e eventos, eles também lidam com seus dilemas e questões de identidade. Um personagem que mais chamou a atenção do público telespectador foi o Roque (Agustín Della Corte) , o melhor jogador de rugby do time que é gay e quase teve suas conquistas desmerecidas por um episódio de homofobia. Para quem se lembra das cenas que...

My Shy Boss: Série de drama sul-coreano tem protagonista com fobia social e segredos

My Shy Boss (Introverted Boss/Naesungjukin Boseu/내성적인 보스) é uma série de drama romântico sul-coreano sobre a relação entre um chefe de uma empresa de Relações Públicas e uma jovem atriz extrovertida tentando descobrir a verdade sobre um acontecimento do passado que envolveu sua irmã. Lançada em 2017, a série da tvN (canal de televisão da Coreia do Sul) está disponível na Netflix Brasil por tempo indeterminado.

Para quem sente falta de ver personagens com dificuldades de comunicação e interação em seriados, My Shy Boss tem Eun Hwan-ki (Yeon Woo-Jin), um protagonista que evita o máximo possível falar com os funcionários de sua empresa, de forma que gera estranhamento nos outros. Sempre com seu casaco preto de capuz, sua timidez chama a atenção de forma negativa por onde passa.

Até se acostumar com o personagem principal, fica difícil compreender alguns dos seus comportamentos. Se é contraditório para os próprios funcionários, para a família dele e até mesmo para alguns clientes insatisfeitos com a performance social dele, o fato de ele trabalhar em uma das melhores empresas de Relações Públicas e não conseguir se aproximar de sua própria equipe e fazer uma apresentação, por causa dos estereótipos e desconhecimento do passado do protagonista, para o telespectador pode ser meio estranho no início.

Atriz, sonhadora e extrovertida, Chae Ro-woon (Park Hye-soo) é uma daquelas personagens tão cheias de energia que ou você ama, ou você odeia. Procurando um emprego mais estável para ajudar sua família, o seu destino acaba se cruzando com o de Eun Hwan-ki, mas suas motivações secretas balançam as coisas na empresa.

Como yin e yang, com sua personalidade expansiva e faladeira, intencionalmente ou não, Chae Ro-woon acaba invadindo o espaço pessoal de Eun Hwan-ki. Conforme ela vai testemunhando os episódios de fobia social, timidez e ansiedade de seu chefe, Chae Ro-woon se dá conta de que não é por falta de vontade dele e passa a ter um olhar mais humano sobre a introversão dele.

Com tramas e personagens secundários igualmente importantes, que nos fazem refletir sobre a pressão familiar, pressão social e pressão no ambiente de trabalho da Coreia do Sul, bem como a dificuldade e resistência de falar sobre saúde mental e sentimentos com medo do julgamento dos outros, por meio da catarse, My Shy Boss mostra o pior e o melhor do ser humano quando se deixa guiar pelas expectativas.

Embora não torne o foco principal da série, além da ansiedade social e da competitividade no mundo do trabalho, também são abordados na trama o suicídio de um dos personagens, como as aparências enganam por orgulho e honra e a automutilação por medo do abandono – a personagem não chega a ser diagnosticada, mas pelos seus comportamentos de colocar a própria vida em risco, tudo leva a crer de que é algo que vai além da culpa e do amor que ela diz sentir.

My Shy Boss mostra como uma história de vingança, segredos e de se prender no próprio mundo pode se transformar em um drama sobre amizades, perdão (e autoperdão), transformação social do mundo do trabalho e amores.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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