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Destaques

Âncora

Ancorar é encontrar um espaço seguro mesmo diante do caos. É ouvir uma música e se permitir encontrar paz, mesmo quando as coisas estão fora de controle. É pensar na sua pessoa favorita e sentir as emoções reguladas. É saber que você pode confiar em quem conversa o dia inteiro. É confiar que mesmo diante da ambiguidade, ele vai honrar a promessa que fizeram. É ressignificar o que antes poderia ser visto como algo preocupante e aceitar que era mais do que seus diagnósticos. Era saber que não havia melhor pessoa que o entendesse nos últimos tempos. Era brincar com as linhas e nossas indefinições. Era saber que de tanto ensaiar situações de possíveis crises, que ele saberia notar se algo estivesse diferente. Cada um dos seus sinais. Escrevia para lembrar e também para esquecer. Escrevia para lembrar dos ciclos fechados e agradecer o que estava aberto. Era entender o quanto estava sufocado e que, às vezes, um olhar certo bastava. Escrevia para aceitar que as coisas poderiam mudar. Que em u...

Quem Matou Sara?: Série mexicana da Netflix prende a atenção do início ao fim

Para quem está procurando uma série de vingança, segredos e muitas reviravoltas, Quem Matou Sara? (Who Killed Sara?/¿Quién mató a Sara?) é uma ótima indicação. A série mexicana foi produzida pela Perro Azul para a Netflix, criada por José Ignacio Valenzuela e com episódios dirigidos por David Ruiz e Bernardo de la Rosa.

Se você gosta de séries com personagens complexos e situações dramáticas, sem abrir mão da ação, como Revenge, How To Get Away With Murder e The Sinner, Quem Matou Sara? Vai te conquistar do primeiro até o último episódio da primeira temporada e te deixar com gostinho de quero mais ao conferir uma prévia do que vem na próxima temporada.

Depois de 18 anos na prisão por um crime que não cometeu, Alejandro Guzmán (Manolo Cardona) passou anos se planejando para o dia em que saísse e começasse sua jornada à procura da verdade e da justiça: se vingar do real culpado pela morte de sua irmã e daqueles que traíram sua confiança.

Entre sua luta no presente para encontrar informações e as memórias do passado relacionadas ao episódio em que Sara morreu (Alejandro mais jovem é interpretado por Leo Deluglio), o telespectador vai conhecendo mais sobre as motivações do protagonista, bem como da família Lazcano.

Com atuações tão bem-feitas, é impossível não sentir ranço por alguns dos personagens. Seus comportamentos dão pano para discussões secundárias, como o feminicídio, prisão de inocente, jogos de poder, homofobia, voyeurismo, traumas, hipocrisia, traições, entre outras questões que não vou comentar, para não revelar nenhuma informação importante da série. 

Um ponto bem positivo da série foi a inclusão de personagens gays de forma natural, sem o receio de mostrar cenas de beijos e até mais quentes como ainda costuma acontecer em séries de vários países, nos quais casais heterossexuais são retratados de forma mais sexuais e casais LGBTQ de forma mais comportada e até censurada em alguns países.

A série é tão bem costurada que dá vontade de assistir a um episódio atrás do outro: boa para tirar um dia do fim de semana para maratonar. Enquanto alguns acontecimentos se tornam óbvios conforme as verdades são reveladas, outros são imprevisíveis e servem como gancho para a próxima temporada e aumentam a curiosidade sobre os próximos passos dos personagens.

Você sabe que uma série vai fazer sucesso quando ela mal foi lançada e já saiu confirmação da 2ª temporada, além de acompanhar nas redes sociais, como o Twitter, mais telespectadores pedindo à Netflix pelos novos episódios.

Além do roteiro envolvente, a fotografia, as atuações e a trilha sonora de Quem Matou Sara? estão ótimas. Uma maravilhosa maneira de tornar produções da América Latina e do México mais conhecidas pelo mundo.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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