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Destaques

Desarmando alarmes

Relaxar é muito mais fácil na teoria do que na prática. Desarmar o sistema de alarmes da ansiedade que, vez ou outra, pode apitar ainda que nada esteja acontecendo. É somente ao aceitar se soltar do peso de estar alerta o tempo inteiro que conseguia aproveitar o momento presente. Não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Era abrindo mão do controle que se permitia encarar as coisas como elas eram. O excesso de controle não faria o problema desaparecer. Pelo contrário, muitas vezes precisava de uma distância saudável para se autorregular.  O medo e a ansiedade significavam que era algo que precisava prestar atenção, mas também eram lembretes de não levar tão a sério. No final das contas, estar bem era muito mais do que não estar em crise. O excesso de ansiedade poderia dar uma falsa ilusão de que tudo estava sob controle, mas era ao abrir a mão e confiar que conseguia voltar a viver: era mais do que um diagnóstico. Ao mover a atenção, pouco a pouco ia se permitindo viver o aq...

Ma: Filme de terror psicológico apresenta personagem obsessiva e perseguidora

Quem gostou de Misery, do Stephen King, sem dúvidas, vai se interessar pelo filme Ma, disponível no catálogo da Netflix Brasil. Imagine uma antagonista tão perturbada com comportamentos e motivações capazes de reunir várias problemáticas em uma só pessoa? 

O filme de terror psicológico foi lançado em 2019, dirigido por Tate Taylor e com roteiro de Scotty Landes. Com um desenrolar inicial lento, o que a princípio parece ser mais um daqueles filmes sobre adolescentes se divertindo e querendo festar escondidos com bebidas alcoólicas, se transforma num espetáculo bizarro de obsessão, perseguição e sobrevivência.

Sem perder o fôlego e o clima envolvente daquelas histórias que te transportam para dentro do filme com um toque de nostalgia das festanças na juventude, lentamente o telespectador vai conhecendo melhor sobre o psicológico doentio de uma mulher capaz de tudo para colocar seus planos em prática.

Se criminologistas procuram entender a relação entre o comportamento criminal e as histórias de vidas dos assassinos e suas vítimas, Ma serve tanto como um conto caucionário sobre o bullying e stalkers, como nos faz refletir sobre como acontecimentos do passado podem afetar a saúde mental a ponto de ter um papel fundamental no desenvolvimento de compulsões, perversões e sadismos, motivados por vingança.

A atriz Octavia Spencer está fantástica no papel de Sue Ann, uma assistente de uma clínica veterinária com seus segredos e que sabe como seduzir suas vítimas para encerrar um ciclo do seu passado. 

O filme fica mais macabro nos minutos finais quando a antagonista não se importa mais em manter a fachada com atos repletos de simbolismos e crueldade – o que pode aparentar meros atos caóticos, há todo um planejamento por trás, revelando um lado ainda mais perigoso e calculista de Ma. Para o filme ficar melhor, só mesmo se tivessem explorado mais o passado da antagonista e a relação doentia disfarçada de superproteção com outra personagem.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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