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Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

5 Motivos para assistir Love In The Big City

Uma das adaptações mais esperadas do ano. A série baseada no livro Love In The Big City, escrito por Sang Young Park, já está disponível na Viki para telespectadores do mundo todo e surpreendeu muitas pessoas pela maneira que o protagonista lida com a vida gay morando na Coreia do Sul.

Pode parecer algo bobo se for comparar com outras séries internacionais, mas Love In The Big City consegue conquistar o telespectador desde as primeiras cenas, mostrando cenas mais quentes do que se costuma assistis nos dramas coreanos tradicionais – os quais quase não mostram personagens gays, quase como se eles não fizessem parte da sociedade sul-coreana.

De todas as séries que assisti em 2024, até o momento Love In The Big City foi certamente uma das mais envolventes e acompanhando a repercussão desde que foi lançada, dá para perceber que pessoas de diferentes partes do mundo conseguiram se sensibilizar por este drama gay coreano.

Confira 5 Motivos para assistir Love In The Big City:

1) Vida Gay na Coreia do Sul: Pelo apagamento nos dramas coreanos tradicionais, pouca gente pode imaginar uma vida vibrante dos gays na Coreia do Sul. O protagonista em fase de autodescobertas acaba se envolvendo com vários homens, diferente de muitos dramas coreanos gays que acabam se focando no romance somente entre dois personagens.

2) Homofobia: Por questões religiosas ou não, o conservadorismo é muito forte na Coreia do Sul e está ligado à homofobia, como se ser gay fosse um pecado. Isso dificulta o convívio social, pode estar relacionado à violência, solidão e questões de saúde mental. Viver em uma sociedade onde você não pode ser você mesmo tem um custo alto.

3) Paixão: Quantas vezes é possível se apaixonar? Que gay nunca se envolveu ou se interessou por alguém sem ter certeza da orientação sexual da pessoa? A doce fase é representada na série, com direito a decepções amorosas e dificuldade de definir a linha entre amizade e paixão.

4) Amor: Tendemos a idealizar muito o amor romântico e, por vezes, a não valorizar o suficiente. Entre altos e baixos, Love In The Big City apresenta uma linda história de amor, tão bem representada que os telespectadores dizem ter dificuldades de reconhecer os atores e veem os personagens como pessoas reais.

5) Amizade: Não poderia deixar de falar na importância da amizade para um gay, independente de viver na Coreia do Sul ou não, ter por perto que além da companhia, proporciona acolhimento, aconselhamento e empatia para os momentos bons e difíceis da vida. 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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