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Destaques

Deixava ir

Nem tudo precisava ser dito. Havia algo mágico em não dizer. Longe de ser um último ato de covardia, era um auto de libertação. Tinha aprendido a dizer não só longo do ano. Tinha aprendido que nem sempre precisavam ceder. Tinha aprendido que duas coisas did poderiam ser verdades e não precisava se pressionar. Estaria mentindo se dissesse que não sentia saudade, mas também sabia que era algo unilateral. Enquanto um se silenciava para o outro, o outro continuava buscando, então, para equilibrar, decidira fazer o mesmo. Foi somente quando deixou de ir atrás que começou a sentir o respeito voltar aos poucos. Foi ao aceitar que eram tão diferentes que qualquer afeto que havia entre os dois não importava. Foi deixando tudo ir, na esperança de não estragar o próprio fim de ano. Um ano era mais do que o suficiente para conversar. Mas de um jeito ou de outro, se evitaram. E as coisas foram se acumulando. Foi ao deixar o outro finalmente livre que poderia sentir a própria liberdade. Deixar ir ti...

Heartstopper: 3ª temporada chegou à Netflix

A data tão esperada chegou para fãs de Heartstopper do mundo inteiro: 03 de outubro de 2024, lançamento da terceira temporada da série, baseada nos quadrinhos criados pela escritora e ilustradora Alice Oseman. Seja pelo sucesso dos quadrinhos ou pela série da Netflix, a série se tornou uma referência para a geração atual por abordar de maneira simples questões da sexualidade, amor, amizade e diversidade.

É no início da terceira temporada de Heartstopper que Charlie e Nick dizem que se amam pela primeira vez: um dos momentos mais esperados por quem tinha assistido ao teaser e acompanha os quadrinhos.

Mas além de abordar as questões românticas dos dois e dos outros casais da série, esta temporada aborda a saúde mental do Charlie e consegue abordar de forma interessante como o personagem precisa de apoio de profissional de saúde mental para que possa melhorar, e mesmo ter alguém que te ama, não é o suficiente.

Outra cena esperada tanto pelos fãs dos quadrinhos, como por quem acompanhou as entrevistas dadas pelos autores é a de que Nick e Charlie fariam sexo pela primeira vez. Com sensibilidade e intensidade o momento em que ambos ficaram juntos finalmente aconteceu.

A série acaba girando ao redor um pouco da maturidade, mostrando como os personagens vão lidando com situações difíceis, tentando se manter focados no presente, mas lembrando também do futuro, como educacional e profissional.

Mais madura que as temporadas anteriores, a série também aborda questões como transfobia, assexualidade e pronomes – lembrando que o Nick é bissexual. De forma bem simples, os quadrinhos e a série pintam um mundo colorido onde a diversidade é apoiada e dá um gás de esperança de que as futuras gerações terão vidas melhores e com menos preconceitos do que as anteriores.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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