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Destaques

Ressignificar dia após dia

A linha era tênue entre a verdade e a autoficção, mas a literatura era um espaço para criar e não tinha compromisso com a realidade. Como tinta invisível, personagens às vezes se misturam e podem confundir. Um personagem pode ser vários e a graça não está em descobrir quem é quem, mas de aproveitar a leitura. Escrever em blog poderia não ser a mesma coisa do que escrever um livro de ficção ou de memórias, mas a verdade era que acabava servindo para as duas coisas. Às vezes o passado estava no passado. Às vezes o presente apontava para o futuro. Mas nunca dá para saber sobre quem se está escrevendo e há beleza nisso. A beleza de que personagens não eram pessoas, de que não precisava contar a verdade sempre, que às vezes quatro personagens poderiam se tornar um. Saber quem é quem parecia o menos importante, mas apreciar a beleza das entrelinhas. Ia escrevendo como uma forma de esvaziar a mente e o coração, sentindo o corpo mais leve. Escrevia e continuaria escrevendo sempre que sentisse ...

Gossip Girl: Revendo a primeira temporada

Rever a primeira temporada de Gossip Girl foi quase como viajar no tempo, especialmente por causa da trilha sonora. Impossível não se deixar pelo sentimento de nostalgia, de uma série que marcou uma geração de pessoas.

Embora tenha seu lado fútil, mostrando um recorte da elite dos Estados Unidos, a série também aborda bastante a questão dos relacionamentos, o que nos leva a reflexões. Em um mundo onde as aparências importam e as fofocas correm soltas, cabe a cada um lutar por si só para sobreviver.

Do garoto escritor que não se encaixa até aquelas que são consideradas rainhas, Gossip Girl mostra os altos e os baixos de uma geração hiperconectada ao celular e que se deixa guiar por um blog de fofocas sobre eles.

A cada episódio, você se sente mais próximo dos personagens principais. O que eles vão aprontar? O que vão fazer contra eles? Quem será o próximo alvo de fofocas que não só podem destruir reputações, como destruir vidas? São muitas perguntas a serem levadas em conta.

De repente, você se lembra de que a série fez parte de sua adolescência e início da vida adulta, percebe como os personagens te influenciaram de alguma forma e sente gratidão pela oportunidade de rever. 

O passado não parece tão distante e uma pitada no presente talvez seja uma coisa boa, quando você se lembra de tantas coisas boas e ruins que passou enquanto tinha assistido pela primeira vez.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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