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Destaques

Para onde vão todas coisas que não dissemos?

Para onde vão todas coisas que não dissemos? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem. Algumas ficam presas dentro de nós. Outras conseguimos elaborar em um espaço seguro, como a terapia. Mas ignorar as coisas, muitas vezes pode ser pior. Fingir que as emoções não existem ou que as coisas não aconteceram não faz elas desaparecerem. Quando um relacionamento chega ao fim, pouco importa quem se afastou de quem primeiro. Mas há quem se prende na ideia de que se afastou antes – em uma tentativa de controlar a narrativa, como se isso importasse. O fim significa que algo não estava funcionando e foi se desgastando ao longo do tempo. Nenhum fim acontece por mero acaso. Às vezes, quando somos levados ao limite, existem relações que não têm salvação – todos limites já foram cruzados e não há razão para impor limites, somente aceitar que o ciclo chegou ao fim. Isto não significa que você guarde algum rancor ou deseje mal para a pessoa, significa que você decidiu por sua saúde mental em pri...

O poder do drama coreano de emocionar

Quem já se aventurou ou se aventura diariamente a assistir dramas coreanos sabe o quanto eles podem ser viciantes e conseguem emocionar o telespectador. É impossível terminar de assistir sem se deixar tocar de alguma forma. A sensação é tão boa que quando termina, você logo quer outra dose, quase como se de algum jeito se torna algo terapêutico.

Nos primeiros episódios há uma sensação de que você está conhecendo os personagens, são muitos nomes para se acostumar e costumam começar de forma lenta. Para os apressados, dependendo do drama coreano, não é a melhor opção para assistir, porém, para os que têm paciência, muitas vezes é impossível não deixar se emocionar ao longo dos episódios e, especialmente, no final.

Pessoas correndo atrás dos seus sonhos. Pessoas se apaixonando lentamente e esperando a hora certa de ficarem juntos. Pessoas passando por problemas do cotidiano que afetam a todos. Pessoas descobrindo a importância da amizade e valorização da família. Pessoas lutando para sobreviverem a mais um dia de trabalho. São tantas possibilidades de assistir e se deixar levar pelas emoções.

Desde o primeiro drama coreano, que para muitos se torna inesquecível e a porta de entrada para mais produções da Coreia do Sul, mesmo com uma resistência e estranhamento iniciais, depois que você entra no ritmo, se vê interessado por cada vez mais e já está conhecendo outras pessoas com os mesmos gostos e dividindo um pouco deste universo.

Obviamente que terapia com psicólogo não pode ser substituída, mas que os dramas coreanos conseguem proporcionar alívio, despertar emoções às vezes fáceis, às vezes difíceis e nos conduzir para a catarse e o clímax, é algo inegável. 

Quando você pensa em todas histórias que já assistiu e em tantas que deseja assistir no futuro, sabendo que vai despertar um gostinho parecido e te tocar de mais maneiras que muitas outras séries e filmes de outros países não conseguiu, você logo se vê presa na Dramaland, querendo cada vez mais doramas e deixando se preencher por cada uma das produções. 

É quase como um caminho sem volta para muitos, um mundo de entretenimento capaz de despertar o pior e o melhor que há dentro de nós. Para muitos, depois que começa, é impossível ficar longe, sempre querendo mais uma dose, como se fosse mexer não só com a mente, mas também com o coração e o espírito. Como ler um bom livro, entre vilões e mocinhos, assim que se termina de assistir um drama coreano, você não é mais a mesma pessoa.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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