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Destaques

Confiar no processo

Há uma frase que dizem muito na internet sobre confiar no processo. Há também muitas pessoas que se questionam: “o processo sabe que estamos confiando nele?”. Quando estamos passando por um processo de mudanças talvez o que muitas vezes precisamos é de uma aceitação radical sobre os altos e os baixos da vida e entender que tudo acontece no seu tempo, mesmo que as pequenas ações pareçam sem sentido no momento. Aceitar-se como humano. Aceitar que terão dias bons e ruins. Aceitar que tentar é melhor do que desistir, mesmo quando bate uma vontade de jogar tudo água abaixo. Era confiando que havia algo maior por trás das pequenas coisas, que o processo se desenvolvia e se buscava aceitar as coisas como elas eram, mesmo com suas imperfeições. Parecia algo bobo, às vezes e até uma expressão usada de forma tão exagerada, que parecia perder o seu sentido, mas era confiando no poder de mudar as coisas, que tudo realmente acontecia. Ainda que o processo houvesse tentativas e falhas, a cada dia ia...

Palavras e danos colaterais

Palavras e danos colaterais. Às vezes, você não está preparado para um tiroteio quando ele acontece. Palavras ditas de forma tão rápida que é impossível voltar atrás. De repente, todas conversas se resumem a uma só e todo passado é varrido de modo que só resta juntar os pedaços e seguir em frente.

E se eu perdoar mais uma vez? E se eu for perdoado mais uma vez? E se os dois finalmente perceberem que não dão certo e seguirem rumos diferentes? A ideia de que era só questão de tempo até tudo se repetir o atormentava. Era como se os dois fossem o oposto do que precisavam e despertavam o pior um do outro, uma combinação um tanto tóxica, o contrário do que procurava.

Há coisas que quando são ditas não havia como voltar atrás. A consciência de que não havia vítima nem vilão, seja de forma consciente ou subconsciente, os dois puxavam o gatilho um do outro e era como se nunca estivessem em paz, como se uma guerra fosse se desenvolver a qualquer momento.

Entre machucar e ser machucado, tudo o que sabia era que nenhum dos dois precisava passar por aquilo. Eram uma mistura que não dava certo e quanto mais tentavam se aproximar um do outro, mais se machucavam com suas palavras inflamáveis, capazes de causar combustão um no outro.

Paz. Uma palavra, três letras. Era o que precisava naquele momento e só havia um modo de conseguir: se distanciando. Encerrando um ciclo que se repetia e o fazia mais mal do que bem. Deixando ir toda parte boa, mas também a ruim: abrindo espaço para descobertas e novas memórias. Percebendo que sua tranquilidade não tinha preço e colocando um ponto final, onde antes estavam vírgulas.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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