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Destaques

Uma dose diária de sol: apoio

É difícil recuperar o protagonismo da própria vida quando há momentos em que você perde o controle dos próprios pensamentos e comportamentos. Mas ter quem reconheça suas alterações, por menores que sejam, pode fazer toda diferença. Aprendeu que colocar nos ombros do outro o papel de salvador era algo pesado demais. Mas também aprendeu que não deveria ignorar os sinais que antecedem uma crise, ainda que ela seja inevitável, era possível reduzir danos. Foi assistindo ao drama coreano Uma Dose Diária de Sol que aprendera que todo mundo poderia adoecer um momento ou outro e estava tudo bem pedir ajuda. Somente quem convite em alerta constante sabe a importância de poder contar com outros olhares e se permitir aproveitar o momento presente, se desligar um pouco. Construção era algo que acontecia aos poucos. Seria o outro capaz de diferenciar quando estava em crise ou não? Ou já seria tarde demais? Mesmo o tarde demais pode ser cedo se for identificado a tempo. O medo de perder o controle er...

Yoga e a importância de desapegar

Em cima do tapete de yoga era o momento em que conseguia ser ele mesmo, se conectar com todas partes do corpo, com as emoções e também deixá-las ir. Parecia que o ambiente era seguro e tranquilo o suficiente para deixar a máscara social cair e entrar em contato consigo mesmo, se permitindo ficar longe das coisas que estavam pesadas.

Muitas vezes, antes mesmo da aula começar, o corpo pede por determinados movimentos. Em alguns dias, algo mais relaxante. Em outros, algo mais energizante. De toda forma, era como se o corpo marcasse presença.

Aos poucos, o silêncio é preenchido com a voz da professora de yoga, que vez ou outra, lembrava da importância de deixar de lado aquilo que é do outro e quanto pesos carregamos que não são nossos. Cheiros, músicas e sons também vão sendo incorporados, ajudando a focar no momento presente.

Seja uma aula mais leve ou uma que exige mais energia do corpo, a pessoa vai se transformando ao longo da prática e aquela pessoa que chegou, já não mais a mesma que saiu: é como se a mente fosse se libertando de tudo aquilo que antes estava incomodando e temporariamente desse um reset.

A prática da respiração consciente era algo que poderia usar dentro e fora do espaço do yoga, sempre que precisasse. Parecia algo tão simples, mas era algo capaz de transformar vidas de maneira positiva. Em pequenos momentos de autocuidado e nutrição do amor próprio, era possível se reconectar com a leveza da vida, sabendo que naquele momento, o mundo era um lugar tranquilo.

Perdera a conta de quantas vezes chegara na aula repleto de pensamentos que não eram seus, para ao longo e ao final da aula se ver livre deles. O yoga exige autodisciplina e para quem está começando, pode levar um tempo para se adaptar e tirar o melhor do tapetinho, levando os conhecimentos para fora.

Seja no início ou no final, você também reflete sobre o que tem alimentado sua mente. Às vezes, independente de suas boas intenções, alguém está sempre reclamando e jogando problemas em sua direção. No final do yoga, a lição que fica é que, sim, podemos desapegar dos pensamentos e emoções, mas também precisamos ficar conscientes de qual maneira estamos nutrindo nossas mentes.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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