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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

Redescobrindo o prazer de correr

Após um tempo pensando na possibilidade, firme na sua caminhada diária, decidiu que estava na hora de voltar a correr. Não corria há anos e a iniciativa o enchia de prazer. Precisava retomar hábitos saudáveis para conseguir abandonar aqueles que já não serviam mais e não eram saudáveis.

Foi, então, lentamente voltando a correr, respeitando o ritmo do próprio corpo e percebendo uma melhora quase que instantânea em sua saúde mental. A sensação poderia durar pouco tempo, mas, sem dúvidas, fazia toda diferença.

Tentou se lembrar da última vez em que havia corrido e uma memória de anos saltou na mente. Sabia quando havia começado seus hábitos ruins, tudo tinha começado em uma crise, mas já havia passado tempo suficiente para se dar conta de que não precisava mais deles.

Voltar a correr era como convidar o corpo e a mente para uma meditação em movimento, lembrava um pouco da sensação prazerosa que sentia no yoga. Agora, se sentia um pouco mais seguro para continuar construindo hábitos saudáveis: era a soma de pequenas ações que fazia toda diferença.

Conseguiria manter o hábito de correr ou desistiria? Não tinha respostas. Mas a mera ideia de tentativa já o deixava animado, como um recurso a mais na sua caixa de ferramentas e coisas terapêuticas que ajudavam com sua saúde mental. Sabia que os benefícios eram também para o corpo, mas estava mais interessado em como sua mente ia reagir diante daquilo.

Dizem que a jornada começa com passos e estava feliz de se reconectar com sua versão que era mais saudável. Já havia caminhado durante anos o suficiente para saber que estava preparado para correr. Contava com a memória celular e com a ideia de que só saberia se conseguiria manter o hábito ao tentar.

Um passo a mais na direção da própria saúde. Um passo a mais distante do velho hábito que estava tentando eliminar. Um passo a mais na direção do que realmente importava. Ia assim, seguindo, passo após passo, recuperando sua versão mais saudável e acolhendo o seu novo eu, consciente da importância dos pequenos hábitos para as grandes mudanças. Era ao se permitir que a magia do recomeço acontecia. De repente, correr era tudo o que mais precisava no momento.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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