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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Diferenças entre a reportagem e o rádio-documentário

Em seu trabalho "HISTÓRIA ORAL E DOCUMENTÁRIO RADIOFÔNICO: DISTINÇÕES E CONVERGÊNCIAS", a pesquisadora Carmen Lucia José, da Universidade São Judas Tadeu e PUC - SP, explicou algumas diferenças e semelhanças entre a reportagem para rádio e o documentário radiofônico.

Carmen Lucia José diz em seu texto, "inicialmente, o documentário esteve muito próximo do texto jornalístico, porque ambos partiam de um fato ou acontecimento para fazer deles o referente, tema ou assunto, a ser tratado em alguns de seus aspectos, aspectos estes que são devidamente preestabelecidos pela pauta".

A pesquisadora explica que o tempo padrão da reportagem e do rádio-documentário variam, sendo o primeiro de aproximadamente 35 segundos e o segundo de 1 hora.

Diferente da reportagem que trabalha com uma "notícia lida no estúdio e ilustrada com alguma sonora", o documentário radiofônico tem autonomia em relação aos fatos, não precisa ser factual ou ter alguma ocorrência do passado que é comemorada.

No documentário existem muitas sonoras, e elas "compõem a espinha dorsal da estrutura desta peça radiofônica porque elas significam a ocupação do espaço/tempo midiático pelas vozes que não são profissionalmente da radiofonia". O rádio-documentário possibilita espaço e tempo do rádio às pessoas que sempre foram receptoras.

Segundo a autora da pesquisa, a reportagem conta uma história em maior profundidade, envolve-se um quem e o quê. E no documentário, busca-se a generalidade do tema, logo envolve-se vários representantes e variados pontos de vista. Diferente da objetividade da reportagem, muitas vezes nos documentários os envolvidos expressam lembranças e opiniões.

Na reportagem o ângulo é pré-estabelecido, existe uma preferência pela informação mais importante. No documentário radiofônico se expões os ângulos, não se tem esta preocupação com a hierarquização dos dados.


No final do trabalho a autora deixa uma reflexão: "Afinal, por que o áudio, e mais especialmente o rádio, precisa continuar sendo feito na base do improviso ou parecendo que é assim que se faz?".

Referência

JOSÉ, Carmen Lúcia. HISTÓRIA ORAL E DOCUMENTÁRIO RADIOFÔNICO: DISTINÇÕES E CONVERGÊNCIAS
Disponível em: http://www.comidia.ufrn.br/toquederadio/html/Artigo_para_Toque.pdf

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