Pular para o conteúdo principal

Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

O sucesso do Youtube e suas consequências

"A presença do Youtube nos media - Razões e consequências", artigo escrito pela jornalista Catarina Rodrigues, em 2007, trata sobre o Youtube, que foi considerado a melhor invenção de 2006 pela revista Time. Rodrigues busca compreender se este fenômeno pode concorrer com a televisão e quais as razões de sucesso do Youtube e possíveis consequências.

A autora explica que no período de um ano o Youtube alcançou uma enorme popularidade. "Programas televisivos, entrevistas, críticas, denúncias, discursos políticos, vídeos caseiros, curiosidades, tudo pode ser visto e partilhado, a qualquer hora e em qualquer lugar". Para Catarina Rodrigues, é importante realçar a participação ativa dos cidadãos na internet, porém ela lembra que o número de usuários que disponibilizam conteúdos no Youtube constituem uma minoria em relação ao número total de visitantes do site.

Os vídeos enviados pelos cidadãos-jornalistas têm ganhado espaço na mídia, principalmente na televisão onde a imagem é fundamental. Muitas vezes, durante um acontecimento repentino, as pessoas que estão próximas costumam registrar o momento e como a imprensa não gravou as imagens, que dão maior credibilidade ao fato, ela utiliza os registros enviados pelos cidadãos. Por exemplo, no dia 27 de fevereiro de 2010 aconteceu em Campo Grande (MS) uma enchente em vários pontos da cidade e as pessoas que estiveram presentes na principal avenida da cidade, Avenida Afonso Pena, gravaram vídeos no exato momento da enchente. A imprensa estaria impossibilitada de fazer o mesmo, já que devido a forte chuva alguns carros estavam sendo arrastados.


Exemplos como o mostrado acima mostram a importância de um canal de comunicação em que o usuário tem a liberdade de divulgar seus próprios conteúdos, sem a exigência de grandes conhecimentos técnicos.

A jornalista argumenta que muitos canais generalistas de televisão estão perdendo telespectadores. Os jovens, por exemplo, estão cada vez mais interessados pela comunicação via Internet, em que as possibilidades proporcionadas em frente à tela do computador são cada vez maiores.

"O jornalismo caracteriza-se pelo seu papel mediador, porque existe sempre um processo de selecção entre o que é ou não publicado, entre os acontecimentos e o público. Mas hoje em dia, qualquer cidadão pode publicar o que bem entender acerca de um determinado acontecimento", explica. Rodrigues acredita na importância da participação dos cidadãos, porém não deve-se haver jornalismo sem jornalistas. "Perante a enorme quantidade de informação a que temos acesso, o papel do jornalista como mediador é indiscutivelmente importante. A fronteira entre produzir e consumir informação está cada vez mais diluída, mas o papel do jornalista continua a ser fundamental", ressalta.

A velocidade e as novas fontes de informação são presentes no jornalismo atual. Apesar de muitos vídeos postados no Youtube não terem valor jornalísticos, Rodrigues explica que é necessário estar atento, pois trata-se de uma importante fonte de informação e de comunicação.


Outras vantagens do Youtube estão na possibilidade de complementar as informações de blogs com os vídeos, seja de entretenimento ou jornalismo, busca e seleção de informações, encontrar o que não se encontra nos meios de comunicação social, como programas censurados, programas que não serão reprisados ou até mesmo conteúdos originais. A interatividade e participação ativa dos cidadãos são relevantes para a comunicação.

Rodrigues conclui que o Youtube, site criado em fevereiro de 2005, líder na partilha de vídeos, é uma das ferramentas que melhor define a Web 2.0. "Uma revolução social que acontece de forma rápida e inevitável, por um lado, devido aos avanços tecnológicos, por outro, devido à própria predisposição dos cidadãos
para desta forma participarem e darem uso às várias ferramentas que têm ao seu dispor", argumenta.

Confira o artigo na íntegra

Comentários

Mais lidas da semana