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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

Resenha: Entrevista: O Diálogo Possível – Cremilda Medina

Entrevista: O Diálogo Possível, livro escrito pela jornalista e Doutora em Ciências da Comunicação Cremilda de Araújo Medina, lançado pela Editora Ática, aborda as questões relacionadas à entrevista, que vão além da visão técnica e podem trabalhar a comunicação humana através do diálogo.

Medina conta que quando ocorre o fenômeno de identificação entre a fonte de informação, o repórter e o receptor, a entrevista se aproxima do diálogo interativo. O receptor consegue sentir a autenticidade e emoção da entrevista tornando a comunicação mais humana. Todavia, quando a entrevista é dirigida por um questionário ou fixado em idéias preestabelecidas, o receptor percebe a ausência do diálogo.

A jornalista explica que o diálogo é democrático e o monólogo é autoritário. "Sua maior ou menor comunicação está diretamente relacionada com a humanização do contato interativo", justifica. De acordo com Medina, o diálogo possível acontece quando a técnica é ultrapassada pela intimidade e entrevistados e entrevistadores saem diferentes após o encontro.

Você sabe o que é entrevista? Segundo a autora do livro, entrevista é um meio cujo fim é o inter-relacionamento humano. "A entrevista jornalística, em primeira instância, é uma técnica de obtenção de informações que recorre ao particular", explica. Medina cita Edgar Morin que acredita que existem dois tipos de entrevista: a de espetáculo e a de compreensão (aprofundamento). Ainda de acordo com a jornalista, deve-se tomar cuidado com a unilateralidade da informação e buscar um diálogo democrático.

Para Medina alguns fatos podem enriquecer o desempenho da entrevista: ter idéia do tema a ser abordado na entrevista; preparo do entrevistador; perfil da personalidade do entrevistador; encarar o momento da entrevista como uma situação psicossocial, de complexidade indiscutível; a atitude do entrevistado; dinâmica de bloqueio e desbloqueio (desarmar o entrevistado).

A fluência-eficiência deve ser buscada na hora de transcrever um diálogo. A autora argumenta que muitas entrevistas jornalísticas pecam pela falta de formas mais fluentes e eficientes e cita como exemplo de como as entrevistas deveriam ser escritas mais naturalizadas e humanas um trecho do texto "O ano da morte de Ricardo Reis", de José Saramago, em que ocorre um diálogo entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis. "Apenas um exemplo de como jornalistas e comunicadores devem se aproximar das conquistas artísticas para poderem renovar seu estilo e, em última instância, o grau de eficiência de seus textos quanto à comunicação propriamente dita", ensina.

No livro também é possível conferir: a relação entre pauta e edição; os modelos de montagem das informações; foco narrativo; Lobby dos grupos; os principais ruídos cometidos pelos jornais; liberdade de narração jornalística.

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