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Destaques

A difícil arte de encerrar ciclos

A difícil arte de encerrar ciclos. Ciclos que já não funcionavam. Às vezes, não importa o quanto você tente, as coisas simplesmente não vão funcionar. Então, você decide que não quer para o seu próximo ano, as mesmas coisas que aguentou no ano passado e atual, você deseja mudanças. Só que falar em mudanças é fácil. Difícil é colocar em prática. Ver você se dando conta de que é capaz de coisas que antes sequer imaginaria. Deixar alguém para trás. Deixar alguém que não faz parte mais do seu presente. Deixar alguém que não faz parte dos pensamentos no futuro. Deixar alguém. Ia encerrando ciclo após ciclo, na esperança de ter um ano mais leve, sem repetições dos mesmos erros. Ia só então se dando conta de que o amanhã poderia ser mais leve quando se realmente deixava pra trás o que estava pesando e parasse de ignorar. Não, algumas coisas deveriam ser encaradas de frente.  *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Am...

Jornalismo como Campo de Conhecimento

Com base no mapeamento dos estudos desenvolvidos na área do jornalismo, discutir a consolidação do jornalismo como campo de conhecimento é o objetivo do jornalista e Doutor em Jornalismo Elias Machado, em seu artigo 'Dos estudos sobre o jornalismo às teorias do jornalismo (Três pressupostos para a consolidação do jornalismo como campo de conhecimento)'. O artigo foi publicado em 2004 na revista eletrônica e-compós (Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação).


Jornalismo como objeto de pesquisa

Machado argumenta que até a metade do século XX o atraso das pesquisas acadêmicas no campo do jornalismo aconteceram porque o jornalismo era visto somente como uma prática profissional. Segundo o autor, a marginalização do curso do jornalismo se dava a dois fatos: a tardia incorporação do jornalismo à lista dos cursos oferecidos e ao ensino puramente técnico.

O Doutor em Jornalismo explica que o jornalismo desempenha três funções diferenciadas: de prática profissional (domínio de técnicas e conhecimentos específicos e conjunto de princípios e regras de conduta); de objeto científico (fundação de um campo de conhecimento especializado); de campo especializado de ensino (depende do desenvolvimento de metodologias especializadas, repasse das novas teorias e boa formação técnicas aos futuros profissionais).

Metodologias próprias ao campo

Em 100 anos, o pesquisador conta que as principais linhas de pesquisa em jornalismo realizadas no Brasil são: História do Jornalismo, Teorias do Jornalismo, Análise do discurso, Produção da Notícia, Recepção, Jornalismo Especializado, Jornalismo Digital e Teorias da Narrativa. Machado diz que existe um grande número de pesquisas sobre História do Jornalismo e Teorias do Jornalismo, já as seguintes áreas importantes contam com uma escassez enorme de títulos: Metodologias de ensino em jornalismo; Metodologias de Pesquisa em Jornalismo; Teorias da Narrativa em Jornalismo e Pesquisa Aplicada em Jornalismo.

Desenvolver metodologias adequadas ao campo especializado de ensino do jornalismo é um desafio tido como fundamental para Machado. O autor defende a diferenciação entre estudos do jornalismo e teorias do jornalismo, sendo a primeira realizadas com metodologias de outros campos de conhecimento, e a segunda realizadas com experimentação metodológica dentro do campo. "Representa, a meu ver, o primeiro passo para que possamos dar um salto qualitativo nas pesquisas em jornalismo e para que o jornalismo obtenha o certificado de objeto científico com status próprio", defende.

Pesquisas multidisciplinares

O jornalista defende a multidisciplinariedade da pesquisa aplicada, pois possibilita o estudo de um objeto através de diferentes visões, alcançando resultados complementares. Na prática esta pesquisa multidisciplinar não acontece, o que leva ao autor a duas conclusões: a necessidade de se repensar as bases epistemológicas de mapeamento das áreas de conhecimento ou o jornalismo pela falta de definição de metodologias próprias, não se constitui como um campo de conhecimento e não produz saberes para estabelecer parcerias com pesquisadores de outras áreas.

"Neste artigo, o que pretendemos que fique bem claro é que a superação do impasse pressupõe as contribuições dos estudiosos destas outras disciplinas, mas - para que o diálogo seja frutífero - o pesquisador em jornalismo deve perceber que sem metodologias específicas dificilmente o jornalismo vai poder contar com teorias próprias. E, sem teorias próprias, cabe ao pesquisador em jornalismo a ingrata tarefa de medir o próprio território com a vara alheia".

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